SIC ‘sacode’ SME e prende dois responsáveis de Postos de Emissão de Passaportes

O Serviço de Investigação Criminal, através da sua Direcção Nacional de Combate aos Crimes Financeiros e Fiscais, numa coordenação operativa com o SME, procedeu nesta terça-feira, 28 de Janeiro, a detenção em flagrante delito de sete cidadãos nacionais, sendo quatro efectivos do SME, nomeadamente: a Chefe do Posto de Atendimento da Sonangol, a Chefe do Centro de Emissão de Passaportes e duas operadoras do Centro de Emissão de passaporte do SME e três intermediários, vulgarmente conhecidos por “chambeteiros” mixeiros” ou “relações públicas”, por factos que configuram os crimes de Associação criminosa, Recebido indevido de vantagem, corrupção passiva de funcionário público, entre outros crimes, por fortes indícios do seu envolvimento num esquema fraudulento de emissão de passaportes a troco de dinheiro.

A detenção ocorreu em flagrante delito, no momento em que o “mixeiro” encontrava-se no interior de uma reprografia, vulgo “Konica” na rua dos mercadores a receber o montante de 200 mil kwanzas, para entregar dois passaportes ordinários, emitidos em 48 horas, sem o cumprimento dos requisitos de agendamento para o efeito.

Na referida ‘Konica’ foram encontrados numa pasta de um “mixeiro” em fuga, 12 passaportes ordinários. Sendo que o SIC, apurou que neste local através de um computador fazem agendamentos online, cobrando 30 mil kwanzas, assim como a digitalização de documentos para formalização de processos de pedidos de emissão de passaportes.

Na sequência foram detidas as funcionárias pelo seu envolvimento nesta emissão de passaportes.

Salientar que cumpridas todas as formalidades, os cidadãos ora detidos serão presentes ao Ministério Público para ulteriores procedimentos legais.

Foram apreendidos o montante de 200 mil kwanzas, 12 passaportes, 13 telemóveis, seis CPUs, sete impressoras, dois monitores, um teclado, 33 processos de emissão de passaporte e quatro livros de registo de passaportes.

Todavia, o SIC apela aos cidadãos que no âmbito da estratégia de pureza interna que decorre a nível de todos os órgãos do Ministério do Interior, os cidadãos são chamados a denunciar todas as práticas que alterem a ordem e tranquilidade públicas.

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