A cobertura que o Governo deu ao processo moçambicano sinaliza que está a preparar-se para reagir da mesma maneira em 2027, diz o Bloco Democrático (BD) em comunicado distribuído à imprensa.
De acordo com o BD, a presença do ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, na investidura de Daniel Chapo, declarado vencedor das eleições de 9 de Outubro de 2024 pelo Conselho Constitucional (CC), visa “apreender todo o processo” moçambicano.
Em consequência disso, o BD chama atenção ao povo angolano para mobilizar-se, no sentido de forçar “uma competição correcta no nosso País (cidadania, não discriminação, igualdade de direitos, comunicação social para todos) e impedir que a batota venha a prevalecer sobre a determinação da sua vontade soberana.
O comunicado reafirma o compromisso daquele partido em manter o seu apoio à justa luta do povo moçambicano pela verdade eleitoral, como parte da luta por instituições democráticas credíveis e pela sua soberania.
Deplora, ainda, o facto de a FRELIMO pretender fechar o processo eleitoral debaixo da tensão extrema que se observa naquele país irmão, Moçambique. Ontem tomou posse o Parlamento monolítico da FRELIMO. Com a tomada de posse de Daniel Chapo, segundo aquela formação política, o partido da situação em Moçambique mostra que prefere simular uma normalização formal contra a realidade dum povo que não aceita submeter-se à batota eleitoral e que quer mudar de vida.