A Associação das Indústrias dos Materiais de Construção (AIMC) pediu, segunda-feira, em Luanda, ao Governo, para que a ANIESA e a AGT sejam mais activas na identificação e fecho de unidades alegadamente industriais que mais não são que meros armazéns.
O pedido foi apresentado durante a reunião mantida com a Equipa Económica, à margem das visitas realizadas pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica.
José de Lima Massano foi constatar os níveis de produção em duas fábricas do Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana, em Luanda. As referidas medidas foram apresentadas no quadro da adopção de políticas de controlo eficaz contra falsos industriais, sendo que os operadores do ramo da indústria pretendem, de igual modo, que seja adoptada uma taxa de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) mais reduzida para os materiais de construção.
Foram ainda sugeridas como medidas, a melhoria da competitividade dos reais industriais em relação aos que consideram ser falsos industriais, bem como a redução dos custos com a auto-construção.
Um dado observado com a visita do ministro de Estado para a Coordenação Económica é de que as fábricas do PDIV funcionam com um grau de cerca de 70 por cento, fundamentalmente, por problemas de matéria-prima, mas também de fornecimento de água e energia eléctrica da rede nacional.
No PDIV, José de Lima Massano e comitiva visitaram a FERPINTA e a EXTRULIDER.
No final da visita, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, acompanhado de uma delegação multissectorial, manteve uma reunião de trabalho com os membros da Associação das Indústrias de Materiais de Construção de Angola (AIMCA), da Associação das Indústrias Cimenteiras de Angola (AICA) e da Associação Nacional das Indústrias dos Madeireiros de Angola (ANIMA).
No referido encontro, reforçou o compromisso do Executivo com o fortalecimento da produção nacional. Apelou, igualmente, as associações a terem um papel mais activo na indústria de materiais de construção, nas suas mais variadas especialidades, com vista a aumentar a produtividade das empresas.
O empresário Luís Diogo apresentou uma série de propostas que visam catapultar as indústrias do Pólo Industrial de Viana e do país em geral, que, segundo disse, apresentam níveis de produção em torno dos 20 a 30 por cento da capacidade. Uma consequência com a criação de todo este ambiente na visão de Luís Diogo é a produção de bens essenciais ao custo mais barato do mercado.
Disse, em nome da Associação das Indústrias de Materiais de Construção, que empregam mais de cinco mil trabalhadores, dos quais apenas cinco a dez por cento são expatriados e um total de 38 empresas (indústrias).
Especificamente, em relação à Fabrimetal, da qual é o CEO, Luís Diogo disse que compram 70 por cento da matéria-prima no mercado nacional, restando apenas 30 por cento para a importação ainda necessária.