O Tribunal Regional de Bissau condenou a 17 anos de prisão efectiva os cinco latino-americanos detidos em Setembro na capital com 2,6 toneladas de droga. O advogado da defesa afirmou que vai recorrer da decisão.
O tribunal diz que ficou provado que os suspeitos entraram na Guiné-Bissau num processo de tráfico de droga. Para o efeito, utilizaram um jacto particular no qual transportaram mais de 2,6 toneladas de cocaína.
O tribunal defende que não ficou provado que os suspeitos estavam numa associação criminosa pelo facto de não existir uma hierarquia entre eles que provasse que estão numa organização com estrutura.
O Ministério Público pedia uma pena de até 20 anos de prisão efectiva, mas o Tribunal Regional de Bissau decidiu-se por 17 anos de prisão.
O tribunal mandou confiscar, a favor do Estado guineense, o avião em que os suspeitos se faziam transportar, uma medida que já tinha sido assumida pelo Presidente Umaro Sissoco Embalo.
Simão Té, um dos advogados de defesa dos condenados, diz que vão recorrer da decisão do Tribunal Regional de Bissau por a considerar injusta. A defesa entende que os suspeitos foram ouvidos pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público “sem o contraditório”.
A defesa também diz que os suspeitos não tiveram acesso a um intérprete, uma vez que a maioria fala o castelhano num país de expressão oficial portuguesa.
Enquanto o processo não transitar em julgado, os condenados vão continuar em prisão da PJ em Bissau.