Contacto com acervo de museu marca fim da visita de João Lourenço a Omã

Uma deslocação ao Museu Nacional do Sultanato de Omã marcou o último de dois dias da visita de Estado do Presidente João Lourenço a este país do Médio Oriente.

O Museu Nacional de Omã conta a História do país, e principalmente do passado, antes das invasões portuguesas. O acervo apresenta objectos confeccionados pelos primeiros omanis (naturais de Omã) e ainda a história por trás do sultanato, contando o que aconteceu durante a vigência de cada sultão, especialmente o Qabus Al Said, falecido a 10 de Janeiro de 2020 e que antecedeu o actual, Haitham bin Tariq Al Said, seu primo.

Durante a visita, guiada pelo secretário-geral do museu, Jamal al-Moosawi, o Chefe de Estado angolano percorreu, demoradamente, as diferentes galerias, como a de História Militar, de Armas e Armaduras, Pré-história e História Antiga, Esplendores do Islão, bem como a Galeria Mundial.

No final, o Presidente da República, que esteve acompanhada da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, deixou uma mensagem no livro de honra.

“Foi com a mais elevada honra que tive a oportunidade de visitar o Museu Nacional de Omã, um espaço majestoso que conserva as memórias, os feitos e a História secular do povo omani, de que as gerações presentes e futuras podem extrair lições importantes para continuar a levar o vosso país no mesmo rumo certo que seguiu até aos dias de hoje”, escreveu.

Na mensagem, João Lourenço refere ainda que teve o privilégio de conhecer mais de perto o longo percurso feito por este grande país para se tornar uma nação próspera e com perspectivas de desenvolvimento que a podem projectar como uma referência global em termos de esforço conjugado e bem sucedido, para garantir o bem-estar do seu povo.

“Gostaria de aproveitar esta oportunidade para deixar uma mensagem de apreço e de encorajamento a todos aqueles a quem incumbe preservar este lugar comum, com o mesmo espírito de abnegação que esteve na génese deste apreciável e digno Museu, onde cada visitante tem a oportunidade de desfrutar e conhecer a rica e vasta história do Povo do Sultanato de Omã”, lê-se ainda na mensagem, que conclui com um “Muito Obrigado”.

Com 13.700 metros quadrados, o Museu está localizado num edifício especialmente concebido para o efeito, no coração de Mascate, a capital de Omã. Parecendo muito com um palácio, o edifício está voltado para o Palácio Qasr al-Alam, na extremidade oposta da avenida cerimonial de Mascate.

Abriga mais de sete mil objetos e oferece 33 experiências digitais imersivas, instalações de conservação de última geração, um cinema UHD e áreas de descoberta para crianças. Possui infra-estrutura integrada para necessidades especiais e é o primeiro museu do Médio Oriente a adoptar a escrita Braille árabe para deficientes visuais.

Principal instituição cultural de Omã, o Museu Nacional abriga, também, o primeiro conceito de armazenamento de museu em plano aberto da região, onde os visitantes podem aprender sobre os vários processos pelos quais os artefactos passam antes de serem expostos.

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