Ivo Camelo, de aproximadamente 54 anos, de nacionalidade portuguesa, funcionário da empresa AGRINSUL, S.A e morador no município de Cacuaco está a ser acusado de aproveitar-se do seu poder financeiro para abusar sexualmente adolescentes em Angola.
De acordo com Nsimba Augusto, que fez a denúncia ao ECOS DO HENDA, no principio do mês de Novembro de 2024 tomou conhecimento que Ivo Camelo tem estado, de um tempo a esta parte, a abusar sexualmente da sua filha menor de 17 anos, tendo nestes abusos resultado numa gravidez.
“Depois de cinco meses o mesmo obrigou a minha filha a interromper a gravidez num dos postos médicos do bairro do município de Cacuaco, onde o procedimento foi efectuado de forma errada. Alguns dias depois, a menina teve várias complicações e, inclusive, a menina já deitava um cheiro horrível”, explicou.
Segundo fez saber o pai da menina, devido a gravidade da situação, a menina foi levada de emergência ao hospital Ngangula e, posteriormente, transferidos para o Hospital Lucrécia Paim onde acabou por ser operada e, em plena flor da juventude, viu o seu futuro mutilado quando lhe viraram o útero.
“É duro ver uma menina de 17 anos ser virada o útero por causa de um mais velho sem juízo e que ainda tinha muito para dar nessa vida”, referiu, visivelmente revoltado com a situação, garantindo que, posteriormente, a esposa fez uma participação no Comando municipal da Polícia Nacional em Cacuaco.
“No Comando municipal, os agentes da Polícia Nacional e do Serviço de Investigação Criminal fizeram uma simulação de detenção contra o português na passada sexta-feira, mas infelizmente, na segunda-feira, quando fomos saber do processo, nos apercebemos que ele já tinha sido solto sem o nosso consentimento, tudo porque somos uma família vulnerável e sem recursos financeiros”, denunciou.
Nsimba Augusto, mostrou-se indignado com essa situação pelo facto da sua filha, desde o dia que foi hospitalizada o seu estado de saúde inspirar cuidados, algo que deveria ser levado em consideração pelas autoridades policiais bem como pelos juízes de garantias que devem ter acesso ao processo.
Familia pede justiça
“A única coisa que estamos a pedir aos órgãos competentes é apenas que se faça justiça”, solicitou o pai, denunciando que essa é uma prática reiterada tanto do acusado Ivo Camelo, como de um tio seu, por sinal, responsável da empresa onde onde Ivo Camelo trabalha.
“Sabemos que ele não e o único que pratica essas acções visto que o seu tio, Gualter Camelo, proprietário da empresa AGRINSUL, S.A também foi acusado recentemente das mesmas práticas, cujo caso chegou a ser noticiado e publicado no portal de notícias Club K”, referiu.
Para este pai inconsolável, a única maneira de ver corrigido esse crime, é ver o acusado atrás das grades e a sua filha fora de perigo junto da família.
“Sabemos que eles se aproveitam das famílias vulneráveis para cometer todo tipo de abusos e violações e, depois acabam por ficar impunes porque pagam bem nas esquadras ou nos juízes. Mas é bom lembrar que a justiça de Deus não falha e um dia vão pagar muito caro por estes crimes”, sentenciou.
Em busca do contraditório, o ECOS DO HENDA tentou contactar o acusado ou seus familiares, mas não foi bem sucedido. Por este facto, coloca-se à disposição para ouvir a versão sobre os factos da parte do acusado.
