Presidente João Lourenço promete continuar a apostar na saúde dos angolanos

O Presidente da República, João Lourenço, reconheceu, terça-feira, que a meta ainda não foi alcançada, em termos de construção de hospitais, mas o país já caminha para lá.

“Nós vamos continuar a construir mais unidades hospitalares dos três níveis, nomeadamente primário, secundário e terciário, no sentido de, algum dia, atingirmos este objectivo”, ressaltou o Chefe de Estado, sublinhado haver, no país, “um bom” ritmo de construção de hospitais de vanguarda e dota-los de quadros à altura.

João Lourenço, que falava à imprensa em Ndalatando, capital do Cuanza-Norte, depois de inaugurar o novo Hospital Geral da província, baptizado com o nome do nacionalista e académico Mário Coelho Pinto de Andrade, garantiu que a aposta do Executivo no sector da Saúde, com a construção de várias unidades hospitalares, dos níveis primário, secundário e terciário, em todo o território nacional, visa dotar o país de respostas médicas antes só possível no exterior.

“Estamos a inaugurar uma média de quatro a cinco unidades hospitalares deste nível por ano”, adiantou o Presidente da República, anunciando o dobro desta média de inaugurações no próximo ano, com dezenas de unidades hospitalares. “É para continuar, até termos uma cobertura nacional que possamos considerar satisfatória”, acentuou.

O Chefe de Estado reconheceu que, não obstante este ritmo de construção e inaugurações de hospitais pelo país, ainda está preocupado com duas áreas do sector da Saúde, designadamente a oncológica, por carecer de um melhor hospital dessa especialidade, e a necessidade da construção, no país, de fábricas de produção de medicamentos e de vacinas.

Em relação à primeira preocupação, João Lourenço avançou que a nova unidade oncológica, em construção em Luanda, pode ser concluída já no final do próximo ano ou em 2026.

O Presidente da República disse que a preocupação em relação a este ponto não passa só pela construção do hospital, mas, também, pela formação do pessoal que ali vai trabalhar. Referindo-se à necessidade da construção de unidades fabris de produção de medicamentos e de vacinas no país, o Chefe de Estado disse tratar-se de um investimento destinado ao sector privado e não ao público.

“Temos vindo a apelar ao sector privado, quer nacional, quer estrangeiro, no sentido de fazer esse investimento com a garantia de que o principal cliente do que vier a ser produzido será, sem sombra de dúvidas, o Estado angolano, que deixará, com isso, de importar ou passará a importar menos, comprando a produção local, desde que seja certificada pelas instituições competentes”, frisou.

O novo Hospital Geral do Cuanza-Norte, com capacidade para 200 camas e atender mais de mil pacientes por dia, encontra-se à beira da Estrada Nacional 230. Ao pronunciar-se sobre este quadro, o Presidente da República, que respondia às perguntas dos jornalistas, disse que a solução passa pelo desvio da referida estrada em alguns metros ou fazendo-se uma rotunda, para facilitar a mobilidade dos transportes que se destinam ao hospital e que não continuem pela Estrada Nacional. Esta solução, disse, vai evitar, acidentes e o ruído do tráfego que possam incomodar o desenrolar dos trabalhos naquela unidade hospitalar.

Presidente da República, João Lourenço. (@Paulo Mulaza)

Comemoração dos 50 anos da Independência

O Presidente da República fez saber que a inauguração do novo Hospital Geral do Cuanza-Norte enquadra-se já no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, aberto neste mês de Novembro e que vai até Dezembro do próximo ano.

João Lourenço esclareceu, na ocasião, que a atribuição do nome de Mário Pinto de Andrade ao novo Hospital Geral do Cuanza-Norte, assim como de várias outras individualidades a outros hospitais inaugurados e em funcionamento, deve-se ao contributo que prestaram ao país em momentos difíceis e críticos.

“São muitos os que serviram a Pátria, mas, infelizmente, não vamos poder construir tantos hospitais quantos os patriotas que merecem ser distinguidos”, ressaltou.

Entretanto, disse haver várias outras formas desses heróis da pátria serem distinguidos, com a atribuição dos seus nomes a empreendimentos, ruas, praças e aeroportos.

O Presidente da República disse que o reconhecimento às figuras que deram o seu contributo ao país não vão estar apenas concentrados em dar nomes às unidades hospitalares. “Há várias formas de se distinguirem os patriotas que deram o melhor de si, o seu saber, o seu suor e, em muitos casos, o seu sangue para que Angola se tornasse independente e um país livre e soberano”, destacou o Chefe de Estado, revelando que os nomes a serem atribuídos a estes equipamentos sociais são pensados seis meses antes. “Regra geral, entre vários nomes, surgem-nos sempre três ou quatro possíveis, e decidimos apenas por um, porque não podem ser todos”, aclarou.

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