Acusado de ser o autor do crime: Tribunal de Comarca de Luanda esclarece soltura do cidadão libanês

No dia 15 de Setembro, uma cidadã angolana, de 30 anos, identificada por Anabela Marques, perdeu a vida depois de ter sido atirada do 3º andar do edifício Talatona Business Park para baixo.

Na semana finda, os familiares da vítima foram surpreendidos que o suposto homocida, um indivíduo com dupla nacionalidade, libanês e belga, foi posto em liberdade sem explicação nenhuma das autoridades.

Essa informação, de acordo com Edna Marques, irmã da vítima, causou forte indignação junto da família e da sociedade em geral devido à gravidade do crime – um homicídio qualificado – cujo autor, deveria responder o caso atrás das grades.

Por outro lado, a família teme que com a soltura do suspeito, um cidadão estrangeiro, tenha saído do país e se evadir da justiça em função da forte influência que tem junto das autoridades policiais e judiciais por se tratar de um empresário do ramo diamantífero.

Presidente do Tribunal de Comarca de Luanda, João Bessa. (DR)

Em face disso, o Presidente do Tribunal de Comarca de Luanda, João Bessa, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA), garantiu que ao suspeito foi aplicada uma medida de coação de interdição de saída do país, o que o impede de deixar o território nacional.

Para garantir o cumprimento da medida, “foram apreendidos dois passaportes em nome do libanês, um libanês e outro belga”, frisou o juiz.

O presidente do Tribunal da Comarca de Luanda afirmou, por outro lado, que o caso está a ser tratado com a devida atenção e que todas as diligências estão a ser realizadas para apurar os factos e responsabilizar os culpados.

O magistrado fez um apelo à calma e à compreensão da sociedade, ressaltando que o processo judicial está em curso e que todas as partes envolvidas terão oportunidade de se manifestar.

Anabela Marques, 30 anos, é filha caçula dos seus pais.
Era viúva desde o mês de Março deste ano quando perdeu o esposo. Deixa três filhos menores, um dos quais, com necessidades especiais. (DR)

A parte lesada, insatisfeita com a decisão que concedeu liberdade provisória ao suspeito, recorreu da decisão.

O caso encontra-se agora no Tribunal da Relação, que deverá analisar os argumentos apresentados pelas partes e proferir uma nova decisão.

Segundo apurou este jornal, Anabela Marques, 30 anos, é filha caçula dos seus pais.

Era viúva desde o mês de Março deste ano quando perdeu o esposo.

Deixa ao cuidado da família, três filhos órfãos de 7 e 5 anos, respectivamente, bem como um bebé de 10 meses que necessita de cuidados especiais, por ser uma criança com necessidades especiais.

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