Uma criança de apenas 4 anos de vida faleceu, recentemente, nos cuidados intensivos do hospital Josina Machel, vulgo Maria Pia, para onde foi levada de emergência por conta das agressões de que foi vítima de uma cidadã de 19 anos.
De acordo com o pai da menor, Alagi Jara Jaiteh, de nacionalidade gambiana, como é de praxe, deixou a filha menor Fátima Jaiteh, na casa do amigo, à guarda da sua esposa, Suna Tarawli, de 19 anos de idade, também de nacionalidade gambiana, porque tinha actividades religiosas a cumprir.
“No meu regresso, por volta das 19 horas, para pegar a criança disseram-me que o meu amigo levou a minha filha ao hospital Maria Pia”, explicou.
Aflito, sem saber o que tinha acontecido, dirigiu-se àquela unidade hospitalar onde foi informado que a sua filha encontrava-se em estado crítico nos cuidados intensivos, com várias escoriações e hematomas em diversas partes do corpo por conta de fortes agressões físicas a que foi submetida.
“Quando questionei ao meu amigo quem tinha feito aquilo à minha filha, ele disse que a autora daquele acto bárbaro foi a esposa dele pelo facto de a menor ter defecado no cadeirão da sala”, explicou.
À contas com a justiça, a acusada em entrevista à imprensa, confirmou ter agredido a criança, mas não sabia que por este facto a menina acabou por falecer quatro dias depois.
“Sou irmã da mãe dela e sempre tomei conta dela. Apenas lhe bati com o carregador do telemóvel, mas não sabia que ela morreu. Essa informação estou a saber agora”, disse.
Por sua vez, Emanuel Capita, porta-voz em exercício do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda, explicou que, em face disso, foi elaborado um processo-crime e a acusada foi presente ao Ministério Público e ao Juiz de Garantias que determinou a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.
Por este facto, o SIC/LUANDA apela, uma vez mais, a sociedade em geral, a repensar sobre o tratamento dado as crianças.