EUA apreendem avião de Nicolás Maduro

Jacto foi apreendido na República Dominicana e levado para os Estados Unidos, de onde tinha sido exportado ilegalmente para a Venezuela.

A justiça norte-americana arrestou um avião utilizado pelo Presidente venezuelano Nicolás Maduro, avança a CNN. O jacto foi apreendido na República Dominicana e levado esta segunda-feira para o estado norte-americano da Florida. Em causa está a compra do aparelho nos Estados Unidos através de uma empresa de fachada, em violação das sanções em vigor contra o regime de Caracas.

Para além das sanções, Maduro e 14 actuais e antigos membros do Governo venezuelano estão acusados nos Estados Unidos de terrorismo, tráfico de droga e corrupção, e o Presidente venezuelano é alvo de um mandado de captura.

Merrick Garland, procurador-geral norte-americano, declarou num comunicado citado pela CNN que “o Departamento da Justiça apreendeu uma aeronave que terá sido adquirida ilegalmente por 13 milhões de dólares [mais de 11 milhões de euros] através de uma empresa de fachada e saído ilegalmente dos EUA para usufruto de Nicolás Maduro”. O avião foi exportado ilegalmente da Florida em Abril de 2023, e transportado para a Venezuela através das Caraíbas.

Nos últimos meses, a aeronave esteve posicionada na República Dominicana, o que permitiu aos EUA, em colaboração com a justiça local, proceder à sua apreensão, ao cabo de uma investigação que envolveu várias agências federais norte-americanas.

O jacto, um Dassault Falcon 900EX, é descrito pelas autoridades como o equivalente venezuelano do Air Force One, o avião presidencial norte-americano. A aeronave já tinha sido fotografada em diferentes visitas de Estado de Maduro.

Fonte oficial norte-americana, em declarações à CNN, sublinha que a apreensão pelos Estados Unidos de um avião de um chefe de Estado estrangeiro é “algo inédito”. “Estamos a enviar uma mensagem clara de que aqui ninguém está acima da lei, ninguém está acima do alcance das sanções dos EUA”, acrescentou.

No início do ano, os Estados Unidos reimpuseram sanções à Venezuela em resposta à conduta do regime de Caracas perante o processo eleitoral – cujos resultados oficiais da votação de 28 de Julho, favoráveis a Maduro, são contestados por parte da comunidade internacional.

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