O antigo Chefe do Estado-Maior General e um dos históricos da UNITA, na oposição em Angola, general Abílio Kamalata Numa, está sujeito, a partir desta terça-feira, 13, ao Termo de Identidade e Residência (TIR) e apresentações periódicas na Procuradora Geral da República (PGR) num processo em que é acusado do crimes de ultraje ao Estado, seus órgãos e símbolos.
A queixa foi feita pela Procuradoria Militar na sequência de uma publicação em que Kamalata Numa levantou suspeitas sobre a morte do antigo Chefe de Estado Maior General Adjunto para a Area Operacional de Desenvolvimento das Forças Armadas Angolanas, general Abreu Kamorteiro, que morreu de doença, a 27 de novembro de 2022.
A acusação sustenta que o Kamalata Numa afirmou que “Kamorteiro terá morrido envenenado porque era cogitado para ser o chefe do Estado Maior-General das FAA”.
“Fui incisivo ao dizer que havia possivelmente mão humana, mas não me revi na extração que eles fizeram do Facebook, vou ver a publicação que eu fiz e depois disso juntar aos autos e voltar aqui à DNIAP, afirmou o general aos jornalistas à saída da PGR.
O antigo secretário-geral e ex-candidato à liderança da UNITA enfatizou que “infelizmente no nosso país a democracia não está consolidada, em Angola parece que há algumas coisas que não se podem dizer” e sublinhou ser preciso “ter coragem para melhorar a qualidade da democracia em Angola”.
Para Kamalata Numa a “a acusação é política” e que do partido no poder, o MPLA, “espera tudo”.
Refira-se que a audiência daquele general foi rodeado de um enorme aparato policial.