As barragens do Ndué e do Calucuve não serão apenas uma solução para a seca, mas também para as cheias, prevenindo a inundação da cidade de Ondjiva durante períodos de elevada pluviosidade.
Esta garantia foi dada pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante a visita de campo do Presidente da República, João Lourenço, à Barragem do Ndué no município de Cuvelai, província do Cunene, cuja conclusão está prevista para Dezembro deste ano.
A Barragem do Ndué, com 1.500 metros de comprimento e uma altura de 32,80 metros, está projectada para servir uma área de 2.000 hectares e armazenar até 170 milhões de metros cúbicos de água. Actualmente, a obra está com um avanço físico de 74,5% e um avanço financeiro de 74,1%.
João Lourenço, acompanhado pela Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, observou as obras e foi informado sobre o estado de execução das mesmas.
Esta barragem faz parte do Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), que abrange também as províncias da Huíla e do Namibe.
O engenheiro Narciso Ambrósio, director do Instituto Nacional de Recursos Hídricos, explicou que, na província da Huíla, está prevista a construção da Barragem do Nene, que reforçará o abastecimento de água na cidade do Lubango e municípios adjacentes, bem como a construção da Barragem de Neipo, associada a um canal que levará água até Chianje-Quihita, com chimpacas que servirão de reservatórios permanentes.
Na província do Namibe, o programa inclui a construção da Barragem do Bentiaba e a reabilitação da Barragem do Belo, bem como a recuperação de 43 pequenas barragens em alvenaria nos municípios da Bibala, Camucuio, Virei e Moçâmedes. Estas iniciativas visam melhorar a disponibilidade de água nessas regiões, onde algumas das infra-estruturas datam da década de 1960.
O programa de combate aos efeitos da seca foi