Kimberly Cheatle, que ocupava o cargo de directora dos Serviços Secretos dos Estados Unidos da América (EUA) desde Agosto de 2022, vinha sendo alvo de crescentes pedidos de demissão e de várias investigações sobre a forma como o atirador conseguiu chegar tão perto do candidato presidencial republicano num comício de campanha ao ar livre na Pensilvânia.
“Assumo total responsabilidade pelo lapso de segurança”, disse no e-mail enviado aos funcionários na terça-feira. “À luz dos acontecimentos recentes, foi com pesar que tomei a difícil decisão de me demitir do cargo de diretora”.
A demissão de Cheatle surge um dia depois de ter comparecido perante uma comissão do Congresso e ter sido repreendida durante horas, tanto por democratas como por republicanos, pelas falhas de segurança. Chamou ao atentado contra a vida de Trump a “falha operacional mais significativa” dos Serviços Secretos em décadas e disse que assume total responsabilidade pelos lapsos de segurança, mas irritou os legisladores ao não responder a perguntas específicas sobre a investigação.
Na audiência de segunda-feira, Cheatle continuou a afirmar que era a “pessoa certa” para liderar os Serviços Secretos, mesmo quando disse que assumia total responsabilidade pelos lapsos de segurança. Quando a deputada republicana Nancy Mace sugeriu que Cheatle começasse a redigir a sua carta de demissão a partir da sala de audiências, Cheatle respondeu: “Não, obrigada”.