O Presidente da República, João Lourenço, reconheceu ontem o esforço e grande sacrifício dos profissionais da Rádio Ecclésia, órgão de comunicação social privado, durante a visita de constatação às condições da emissora ligada à Igreja Católica.
Depois de passar pelas televisões Girassol, no Camama, e Zimbo, no Talatona, João Lourenço, que falava numa brevíssima entrevista nos estúdios centrais da Emissora Católica de Angola, admitiu que as condições de trabalho constatadas no local não são as melhores.
Na questão colocada sobre as dificuldades serem, também, uma realidade em vários órgãos de Comunicação Social, sobretudo os privados, que buscam por um eventual apoio do Executivo, o Presidente da República respondeu: “Vamos ver sem nenhum compromisso. Portanto, eu vim ver com os meus próprios olhos e naquilo que puder ajudar com certeza que vamos fazê-lo”, frisou.
Acompanhado pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, e por outros membros do Executivo, João Lourenço foi recebido pelo presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom José Manuel Imbamba, e pelo director-geral do órgão, o padre Augusto Epalanga.
Para Dom José Imbamba, que é também o Arcebispo de Saurimo, a visita do Presidente da República foi uma grande e agradável surpresa, sendo muito significativa, onde foram constatadas as dificuldades por que passa a Rádio Ecclésia e pela importância que a emissora representa para o país.
“De modo que, como ele próprio disse, veio para ver com os próprios olhos. O resto está por vir, penso eu”, disse o prelado, fazendo referência, uma vez mais, do contributo valioso da Rádio Ecclésia naquilo que é o desenvolvimento da consciência moral e ética dos angolanos e da pessoa humana.
70 anos de existência
O director-geral da Rádio Ecclesia, padre Augusto Epalanga, considerou histórica a visita do Chefe de Estado, por ser a primeira vez, numa altura em que completa 70 anos, desde a sua fundação em 1954.
“O Presidente encontrou uma Ecclesia com inúmeras dificuldades, mas também animada pelo desafio e pelo confronto”, apontou.
Os problemas, segun- do o padre Augusto Epalanga, são imensos, desde as estruturas, ruas de acesso, particularmente a Comandante Bula, a situação financeira da rádio, e as dificuldades de acesso às fontes de informação.