Não resta dúvida que em países como o nosso o Estado como o maior empregador, e por isso os cargos de direcção e chefia são os mais apetecíveis e concorridos, nada mal.
A preocupação surge com a utilização de cargos de Direcção e funções públicas para perseguir não apenas supostos adversários directos, mas também “adversário” de familiares e amigos e acto contínuo transformar funcionários públicos sob sua gestão e dependência em milícias de causas obscuras. Na maior parte das vezes tentam impedir o crescimento profissional e nos negócios por razões puramente fúteis, de grupelhos de afinidades clubistas e outras.
Participam em mesas redondas cujo foco é a instrumentalização das funções públicas como instrumento de perseguição aos “inimigos” dos amigos e familiares. Depois celebram a ostracização de “gente indefesa”, fazem brinde e recheiam os banquetes “pelo sucesso da empreitada” e babam-se de contentes pela desgraça e bloqueio que causaram aos “adversários” e usam-no como exemplo de intimidação a todos os colaboradores e potenciais adversários que pretendem manter uma postura condizente com as funções e responsabilidades do Estado. Interessante é vê-los celebrarem aquisição de cifras de negócio adquiridos em prejuízo de terceiros. Apresentam-se em eventos públicos e fechados garbosos como se de gente honesta e de sucesso justo se tratasse, quais heróis dos filhos, familiares e dos seus vassalos. Juram de pés juntos que o país está bom, está favorável, serão dignos dessas honrarias?
A verdade é que nós somos muito mais do que pensamos, o Universo não erra, trata de dar respostas certas no devido momento, a Lei do retorno funciona, o clamor, o lamento, o choro, a dor, o tormento de um injustiçado não passa incólume, nem impune. Enquanto continuarmos mergulhados nas densas energias de usar mal as funções públicas ou de nos deixarmos seduzir pelo prazer do mal e gratuitamente aspergimos contra os outros, transformamo-nos, em boa verdade, em vítimas de espíritos medíocres, ordinários, vingativos e isto dura até a utilidade terminar e depois sim, veremos a prisão disfarçada de luxo, sucesso e heroísmo em que andamos mergulhados, aí sim o verdadeiro rosto da vítima das trevas se revela e o doce “sabor” do fel que descarregamos contra os outros.
Por isso, pense bem, pode ser fugaz esse doce prazer de usar funções públicas para perseguir inocentes, esta prática por si só abominável, torna-se monstruosa quando se tratam de funções judiciárias e judiciais.
Não se distraia