O Relógio do Juízo Final, que faz tique-taque há 77 anos, não é um relógio qualquer – tenta medir o quão perto a humanidade está prestes a destruir o mundo.
Nesta terça-feira, o relógio foi novamente acertado a 90 segundos da meia-noite – o mais próximo daquela hora que alguma vez esteve, de acordo com o Boletim dos Cientistas Atómicos, que criou o relógio em 1947.
A meia-noite representa o momento em que as pessoas terão tornado a Terra inabitável. No ano passado, o boletim fixou o relógio em 90 segundos para a meia-noite, principalmente devido à invasão da Ucrânia pela Rússia e ao aumento do risco de uma escalada nuclear.
De 2020 a 2022, o relógio foi fixado em 100 segundos para a meia-noite.
De acordo com o Boletim, o relógio não foi concebido para medir definitivamente as ameaças existenciais, mas sim para suscitar conversas sobre temas científicos difíceis, como as alterações climáticas.
A decisão de manter o relógio à mesma hora este ano deve-se, em grande parte, às preocupações contínuas com a guerra na Ucrânia, o conflito Israel-Gaza, a potencial corrida às armas nucleares e a crise climática, disse Rachel Bronson, presidente e CEO do Boletim, em conferência de imprensa.
“As tendências continuam a apontar sinistramente para uma catástrofe global”, acrescentou Bronson. “A guerra na Ucrânia representa um risco sempre presente de escalada nuclear. E o ataque de 7 de outubro em Israel e a guerra em Gaza ilustram ainda mais os horrores da guerra moderna, mesmo sem uma escalada nuclear.”