Em comunicado de imprensa, feito pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro de Azevedo, Angola anunciou esta quinta-feira, 21 de Dezembro, a sua retirada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
A medida surgiu na sequência de uma sessão do Conselho de Ministros, que aconteceu horas antes no Palácio Presidencial em Luanda, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço.
“Angola sempre cumpriu com as suas obrigações e lutou o tempo todo para ver a OPEP a se modernizar, ajudar os seus membros a obterem vantagens. Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, explicou aos jornalistas o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, na sala de imprensa do Palácio Presidencial.
“Quando vemos que estamos nas organizações e as nossas contribuições, as nossas ideias, não produzem qualquer efeito, o melhor é retirar-se. Entrámos em 2006 voluntariamente e decidimos sair agora também voluntariamente. E esta não é uma decisão irreflectida nem tão pouco intempestiva”, referiu o Ministro ao comunicar a medida.
A decisão de Angola de se retirar da OPEP foi no mesmo dia redigida em decreto, com força de lei, que o Presidente da República, João Lourenço, assinou.
De referir que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou, pelo seu nome em inglês, OPEC) é uma organização intergovernamental de 13 nações, fundada em 15 de Setembro de 1960 em Bagdad pelos cinco membros fundadores (Irão, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela), com sede desde 1965 em Viena, na Áustria. Em Setembro de 2018, os então 14 países membros representavam 44% da produção global de petróleo e 81,5% das reservas de petróleo “comprovadas” do mundo, dando à OPEP uma grande influência nos preços globais de petróleo, previamente determinados pelos chamados agrupamento “Sete Irmãs” de empresas multinacionais de petróleo.