MPLA confiante na vitória nas eleições de 2027

O Secretário para a Informação do Bureau Político do partido, Rui Falcão, diz que, no MPLA, todos os militantes são iguais perante os estatutos e todos têm regras iguais para cumprir”.

Falando aos jornalistas, no âmbito das celebrações dos 67 anos de fundação do MPLA, assinalados em 10 de dezembro, Rui Falcão disse que o MPLA é um partido unido, que convive com opiniões diferentes, desconhecendo a existência interna de “abelhas ou marimbondos”, imagem associada aos políticos envolvidos em corrupção.

“Somos um partido unido, um partido democrático, onde as pessoas têm a liberdade de ter opiniões diferentes e nós já estamos habituados a conviver com isso e não há nenhum laivo hoje de falta de unidade ou de coesão no seio do partido”, assegurou.

Sobre o alegado desgaste do partido para a resolução dos problemas do país, argumento de vários círculos da sociedade civil e de partidos na oposição, Falcão disse já estarem habituados a esta “retórica”, que apenas “fortalece o MPLA”.

“Ainda bem que há esta retórica de alguns, porque foi assim que perderam (as eleições) em 1992, perderam em 2008, em 2012, em 2017, perderam em 2022 e vão perder em 2027”, assegurou referindo-se implicitamente à UNITA, maior partido na oposição.

Em relação ao atual quadro socioeconómico das famílias angolanas, marcado pela subida galopante dos produtos da cesta básica, o dirigente do MPLA disse que o partido está preocupado com a situação, referindo que as medidas do executivo, “a seu tempo” vão sentir-se, e que “não há nenhum país do mundo que viva no paraíso”.

“Nos Estados Unidos da América vai encontrar cidadãos debaixo da ponte, agora mesmo foi dito que em Portugal há 10.000 famílias a viver na rua, portanto, cada país tem a sua idiossincrasia, seus problemas e realidade, mas ninguém vive no paraíso”, argumentou.

Apontou ainda a existência de jornais, rádios e televisões privadas em Angola para refutar a aludida inexistência de liberdade de imprensa e de expressão no país, considerando existirem casos que não devem ser generalizados.

“Não podemos generalizar actos isolados de um agente qualquer, agora que nós temos coisas para corrigir enquanto sociedade, isso temos, mas aqui se um polícia tem uma atitude incorreta lê-se de uma maneira, gostaria de ver os mesmos órgãos a falar do que acontece em França, na Inglaterra, em Espanha ou lá o cacete é diferente?”, questionou, referindo-se às liberdades de reunião e de manifestação.

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