O mesmo partido que foi buscar crédito na China e afundou Angola numa astronómica dívida pública é o mesmo que foi buscar o apoio dos EUA para investir no País em uma conversa de 30 minutos.
Existe algo que em política internacional se chama “Mérito do impacto” que acontece quando um dirigente trabalha, cria transformações impactantes, fortalece as instituições e cria os seus próprios caminhos que acaba por chamar o interesse de superpotências e é convidado para fechar acordos multilaterais e em diversos domínios, ai reside o mérito.
Agora, não entendo como o País festeja efusivamente o encontro de João Lourenço com o presidente dos EUA, um encontro conseguido a custa de loobies avaliados em quase 25 milhões de dólares, tudo porque o encontro nao foi a base do mérito, mas foi pago para acontecer.
É igualmente impressionante como a televisão pública e os analistas políticos dilatam o evento como se fosse uma questão de salvação nacional, quando mais se parece um ganho pessoal, uma realização de João Lourenço e um ganho político para o MPLA, para marcar o consulado desastroso de João Lourenço que se iniciou com uma manobra beligerante pôs-eleitoral onde o exército foi colocado nas ruas para sequestrar a vontade popular e garantir a aceitação dos resultados eleitorais. Sobre isso pouco tenho a falar, apenas lembrar que é o mesmo partido que afundou o país em uma divida pública bilionária com a China que hoje celebra outros acordos em vários domínios.
A história nos mostrou que o País devia celebrar os impactos deste encontro na realidade do País, e não celebrar um encontro conseguido com loobies milionários sacrificando dinheiro público em um momento que crianças estudam ao relento, e se precisa de investimentos urgentes na saúde e educação.