O político, investigador e escritor chinês Juan Shang, parabenizou esta sexta-feira, 01 de Dezembro de 2023, o Presidente João Lourenço por ter conseguido um feito histórico na relação bilateral entre Angola e os Estado Unidos da América, mas lamenta a ausência de assinatura de acordos durante o encontro entre o Chefe de Estado angolano e o seu homólogo Joe Biden, tendo por isso, considerado inválida essa visita.
O investigador dos assuntos económicos da China, Juan Shang, reconhece que os Estado Unidos da América é um país muito importante na arena mundial e essa aproximação ao país africano vai permitir América conhecer melhor Angola.
“Angola enquanto país africano precisa de apoio político e financeiro. Durante a guerra civil, por exemplo, os EUA estiveram presentes e o que se precisa agora era haver transparência nas relações. O Presidente Lourenço deveria direccionar os seus interesses no Desenvolvimento Humano e não na liquidação de dívidas sacrificando o povo com fome”, explicou.
O especialista asiático alerta, por outro lado que, a relação que Angola deve adoptar com outros países tem de ser multilateral e não unilateral porque, segundo conta, o facto do Presidente João Lourenço ter conseguido esse encontro com o Presidente Biden não o pode levar a esquecer-se da relação histórica que o Angola tem com a Rússia e com a China.

De acordo com esse político, investigador e escritor chinês, a relação entre Angola e os EUA não deixa a China com ciúmes, uma vez que aquele gigante asiático tem boas relações com América.
“A partir do próximo ano, o Presidente Xi Jinping poderá manter um encontro com Joe Biden que terá a duração de mais de três horas, para definir o futuro dos dois países e do mundo, sobretudo abordar questões relacionadas com as guerras entre a Rússia e a Ucrânia, bem como, entre a Palestina e Israel”.
Entretanto, Shang lamenta, o facto de, no encontro entre João Lourenço e Joe Biden, aguardado com bastante expectativa e bastante divulgado pela midia angolana como histórica, “ter sido uma mera visita e sem a assinatura de nenhum acordo. Sabemos que os acordos verbais, nem sempre são seguros. Por este facto, seria de facto histórico e mais impactante se, após o encontro entre os dois estadistas, houvesse esse momento para selar as boas relações e demonstrar boa fé dos EUA”, vincou.
Fonte: Factos Diários