Carlos Alberto nega pedir perdão em troca de soltura

O jornalista Carlos Raimundo Alberto recentemente condicionou uma proposta das autoridades de justiça em Angola, que buscavam conceder-lhe perdão em troca de uma segunda retratação pública.

O propósito tem sido prejudicado por resistências e/ou obstruções do próprio jornalista, exigindo que o soltem primeiro para que possa fazer a retratação fora da prisão.

Quadro do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado, Carlos Alberto, foi preso em 14 de Setembro de 2023 por difamação, denúncia caluniosa e abuso da liberdade de imprensa, recebendo uma sentença de dois anos de prisão. O queixoso neste caso é o antigo vice-procurador-geral da República, Mota Liz, contra quem o jornalista conduziu uma campanha de difamação.

Carlos Alberto está detido na prisão de Viana e alega problemas de saúde. As autoridades propuseram a ele uma segunda oportunidade, que envolveria escrever uma carta de retratação na prisão. Após a redação da carta, a equipa do queixoso, Mota Liz, revisaria o conteúdo para determinar a sua aceitabilidade.

A condição imposta por Carlos Alberto, de que ele só fará a carta fora da prisão, tem sido motivo de descontentamento por parte da sua própria defesa, uma vez que já deram um passo significativo ao pagar a fiança para a sua possível libertação.

Por sua vez, a defesa de Mota Liz expressa reservas, com base no antecedente de que o jornalista se recusou a se retratar adequadamente quando teve a oportunidade na primeira vez em que foi libertado, o que não garante que ele agirá de forma diferente desta vez.

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