Quando a Ministra da Saúde Dra Sílvia Lutucuta nomeou, em 2019, o médico Mário Fernandes, amigo pessoal da Ministra, várias foram as vozes críticas desta nomeação.
O médico Mário Fernandes, é filho de Flávio Fernandes, ex-governador da província de Malanje, nos longínquos anos 90.
A memória colectiva do político nos faz lembrar de ter sido ele que, da sua arrogância e petulancia crónica oficializou a corrupção em Angola, com a expressão de que “o cabrito come onde está amarrado”. Ele, é o ícone maior da corrupção em Angola.
O Médico Mário Fernandes, teve passagem desastrosa pelo INEMA, onde foi director nacional. Em menos de 12 meses, sob argumento de melhorar o funcionamento da instituição, e agir em nome da Ministra da Saúde, desestabilizou o funcionamento do INEMA. Sem causa justa, rescindiu os contratos com as empresas privadas e substituiu-as por outras de sua conveniência, processo que originou a falência de muitas empresas prestadoras de serviços e remeteu ao desemprego, até hoje, milhares de antigos trabalhadores, experientes, muitos deles, fundadores do INEMA e verdadeiros heróis dos serviços de emergências médicas. Pela ganância do lucro fácil, o então director Mário não teve a minima piedade de pessoas que apenas tinham o tal emprego como sua única e exclusiva fonte de rendimento.
O perfil moral, a arrogância crónica (herdada do seu progenitor), deveria tornar esse médico inabilitado de gerir unidades hospitalares de tamanha responsabilida em Angola.
A responsabilidade pela morte do jovem Soma, deve ser igualmente atribuída à direcção do Hospital, e não apenas ao suposto médico que apenas estava a fazer estágio. A medida de suspensão da equipa médica em serviço adoptada pela Direcção do HAB é administrativa interna e paliativa. É necessário uma investigação profunda para se apurar os factos e atribuir as devidas responsabilidades. A gravidade do caso, exige a demissão de toda a Direcção do HAB.
Até quando as autoridades vão continuar a tolerar os erros médicos?
O médico Mário Fernandes, não é digno de dirigir o HAB.
Futuramente, novos episódios virão à público.