A equipa médica do Hospital Américo Boavida, em Luanda, que esteve em de serviço esta terça-feira, 19 d4 Setembro, foi suspensa na sequência da morte de um jovem, de 24 anos, que morreu, à porta daquela unidade hospitalar por “negligência médica”.
Em nota enviada ao ECOS DO HENDA, a Direcção do Hospital Américo Boavida, informou que, por volta das 5h:58 min, um paciente aparentemente em estado grave, foi levado pelos seus familiares ao Banco de Urgência daquele hospital de referência.
À entrada, foi prontamente conduzido ao médico em serviço. Imagens do sistema de videovigilância indicam que o referido médico, além de não ter prestado qualquer assistência médico-medicamentosa, mandou os familiares levarem o paciente para fora da unidade hospitalar, tendo o infeliz chegado a óbito minutos depois, na área adjacente ao hospital.
Da nota da direcção do hospital, o realce recai para o facto da existência de fortes indícios do médico ter tomado tal medida sem informar os restantes profissionais do turno, muito menos o supervisor em serviço.
Face à gravidade do sucedido, a Direcção do Hospital deu de imediato conta da ocorrência aos Serviços de Investigação Criminal, sob cuja alçada o médico em referência se encontra para o respectivo processo criminal.
Em aditamento, a Direcção do Hospital tomou as seguintes medidas:
Suspender com efeito imediato o médico em referência e todos os membros da equipa em serviço, enquanto decorre o inquérito que foi imediatamente instaurado;
Oficiar a Procuradoria Geral da República sobre a gravidade do caso, disponibilizando todas as informações necessárias;
Da mesma forma, oficiar a Ordem dos Médicos, para o tratamento da matéria no foro ético e deontológico.
Entretanto, não se escusando da sua responsabilidade, a Direcção do Hospital Américo Boavida, reitera o compromisso inalienável com a ética e Deontologia, assim como a humanização dos seus serviços e lamenta profundamente o corrido que redundou em óbito nas circunstâncias em que ocorreu e apresenta à família enlutada os mais profundos sentimentos de pesar.
Reitera, por este facto, o compromisso de tudo fazer para a responsabilização devida, por formas a evitar que episódios desta natureza voltem a se repetir.
Casos “siameses”?
De referir que em Dezembro do ano passado, uma cidadã também chegou a perder a vida, no banco de urgência do Hospital Geral de Luanda, depois de lhe ter sido negada assistência médica. O caso foi parar às redes sociais por via de um vídeo de protesto feito pelo filho da malograda para denunciar o caso.
Como resultado, a Direcção do hospital foi exonerada e a equipa médica suspensa.