O empate sem golos, domingo, diante do Al-Hilal do Sudão, no Estádio Nacional Tundavala, pode ter complicado as possibilidades de qualificação do 1º de Agosto à fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol.
Por: José Narciso / Lubango
A equipa angolana começou o jogo dominando o adversário, fruto do futebol praticado a toda dimensão do relvado, mas claudicou na finalização. A estratégia militar assentou na qualidade da circulação, posse da bola e na coesão defensiva.
Face a esse ascendente, o Al-Hilal foi remetido ao seu sector mais recuado, onde permaneceu largos minutos da primeira parte a defender as investidas do adversário.
Para tentar converter o domínio em vantagem, o 1º de Agosto explorou ao máximo a dinâmica e entrosamento dos médios Mingo Bille, Kikassa e do lateral Hossi, destacados no corredor direito. Aliás, foi por este corredor onde surgiram a maioria das acções ofensivas dos militares, fazendo as delícias dos adeptos.
A prestação perfeita dos comandados de Filipe Nzanza durante a etapa inicial pecou apenas pela falta de golos. O central Bobó, aos 4 minutos, Obed e Tulenge, também na etapa inicial, revelaram falta de pontaria.
Os sudaneses mostraram-se coesos. Reagiam com jogadas de contra-ataques e acções continuadas, sem, contudo, criar grandes dores de cabeça aos defensores rubro-negros.
Aos 30 minutos, Yasir, desperdiçou excelente situação para marcar, após desatenção da defensiva militar, quando os centrais Bobó e Venâncio e o guarda-redes Neblu, permitiram a bola atravessar toda a pequena área. O avançado sudanês não teve pernas para desviar a bola para o fundo da baliza. Antes, aos 22 minutos, o mesmo protagonista, pleno de oportunidade, na pequena área, atirou ao lado.
Na segunda parte, insatisfeito com o resultado, Filipe Nzanza operou mexidas na equipa. Fez entrar Calebi, Macaia, César Cangue e Vingumba, para conferir maior eficácia ofensiva e chegar ao golo.
As ilações tiradas na primeira parte, relativamente aos angolanos, permitiram uma reentrada mais cautelosa dos sudaneses. Por isso, dificultaram ao máximo as intenções dos agostinos e disputaram o jogo em pé de igualdade até à primeira metade da segunda parte.
O 1º de Agosto reassumiu o comando do jogo. O tempo caminhava célere para o fim. A necessidade imperiosa de vencer para encarar o jogo da segunda “mão” com algum conforto espevitou a equipa que se lançou toda para o ataque.
Contudo, os avançados defraudaram nas situações claras de golo. Aos 71 minutos, o árbitro Messie Oved, da República do Congo, anulou um golo a Obed, por alegado fora-de-jogo. O avançado esteve em dia “não”.
A aposta do ataque militar esteve ainda em cena aos 65´. A “mão cheia” de falhanços agudizou aos 79, por César Cangue, e aos 84, por Bobó. Com isso, o nulo prevaleceu até ao apito final do árbitro congolês.