Autoridades norte-americanas afirmaram, numa avaliação preliminar de inteligência, que houve um “explosão deliberada” no jato privado que caiu na região de Tver, na Rússia, e matou 10 pessoas, incluindo o fundador do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Segundo uma extensa matéria da agência estatal turca Anadolu, o porta-voz do Pentágono, brigadeiro-general Patrick Ryder, disse num comunicado de imprensa que, baseado em fontes diferentes e informação análise, os Estados Unidos pensam que Prigozhin foi morto: “A nossa avaliação inicial é que ele provavelmente foi morto”.
Ryder também rejeitou comentar se acredita-se que havia uma bomba que explodiu dentro do avião. Quando perguntado pelos jornalistas se “o presidente russo, Vladimir Putin, estava por trás deste incidente”, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou: “Há muito pouco na Rússia em que Putin não esteja envolvido, mas não sei o suficiente para não permitir que eu dê uma resposta”.
Por outro lado, Putin abordou a morte de Prigozhin e recordou as suas contribuições para a luta contra o “regime” na Ucrânia: “Sabemos e recordamos isso, não esqueceremos”, disse ele. O presidente russo também disse que conhece Prigozhin desde os anos ´1990, mas que o homem cometeu “erros graves em sua vida” e que lidou com petróleo, gás, metais preciosos e pedras no exterior, especialmente na África, ganhando inimigos.
A agência de aviação russa Rosaviatsiya confirmou que o fundador do Wagner estava entre as pessoas mortas. Em canais de Telegram, foi sugerido que o avião foi abatido por sistemas de defesa do exército russo, mas essas alegações não são oficialmente confirmadas.
Imagens do trem de pouso da aeronave, que caiu a 3 km do ponto principal de impacto, geraram outras teorias, de que o avião foi explodido em voo.
A investigação preliminar do Comitê de Investigação sobre a queda do jato em Tver ainda está em andamento e levará algum tempo.