O maior partido na oposição, com 90 assentos no parlamento, realizou, na passada quarta-feira, 27 de Agosto, a cerimónia oficial de subscrição das assinaturas dos deputados da sua bancada para a apresentação da iniciativa política legislativa de destituição de João Lourenço do cargo de Presidente da República.
Quatro dos 90 deputados que compõem a bancada do partido do “Galo Negro” faltaram ao evento.
O Telegrama apurou, entre os não subscritores da petição, está Jorge Martins da Cruz, que entrou na lista da UNITA pelo PRAJA-Servir Angola; Manuel Domingos da Fonseca, antigo responsável do protocolo da UNITA e membro da 1º comissão do parlamento, que se dedica às questões de natureza constitucional e jurídicas; Francisco Viana, conhecido empresário que renunciou à militância do partido no poder (MPLA) e integrou a lista da UNITA na condição de “independente”.
Na lista, figuram ainda nomes sonantes como o de Paulo Faria, ex-regente do curso de Ciência Política na Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Agostinho Neto (UAN). Faria terá faltado à cerimónia por se encontrar em missão de serviço.
“Formalmente estão reunidas todas as condições legais para os deputados da Nação darem início ao processo de destituição do Presidente da República”, afirmou Liberty Chiyaka, líder parlamentar do principal partido na oposição angolana.
Nesta quinta-feira, à conversa com O Telegrama, quando questionado se a ausência dos quatro deputados revelava um certo desalinhamento com a iniciativa do Grupo Parlamentar da UNITA, Chiyaka comentou que, neste momento, se aguarda o regresso dos quatro deputados para que a iniciativa dê entrada ao gabinete da presidente da Assembleia Nacional.
“Assim que regressarem vão assinar e, depois, marcamos a data de entrega do dossier ao Gabinete da Presidente da Assembleia Nacional”, disse.