Após prometer “chuva de protesto”: Presidente do MEA alerta que a “educação não é uma mercadoria”

O Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), juntou-se a Associação dos País e Encarregados de Educação, que igualmente rejeitam o aumento de 20% na subida de propinas nas escolas privadas e comparticipadas no país, conforme a intenção apresentada, pelo presidente da Associação Nacional do Ensino Particular (ANEP), António Pacavira, ao executivo angolano.

O líder do MEA diz “não à proposta de aumento de propinas”. Francisco Teixeira, fez saber, que a agremiação estudantil que lidera, estará preparada para dar uma resposta a altura, à todos os governantes que pensam que a educação é uma “mercadoria”.

“A educação não é mercadoria”

Francisco Teixeira que reagiu a informação em entrevista ao Primeiro Impacto, sublinhou que não vão descansar um segundo, porque em seu entender, existem indivíduos ligados ao Executivo que querem tirar a educação gratuita à milhares de crianças angolanas, facto que o MEA não vai deixar.

“Numa sociedade anormal, como é a nossa, onde os empresários (donos dos colégios e das universidades) são os próprios governantes, a subida das propinas não pode nos assustar”, começou por explicar, sublinhando que, estes mesmos governantes, “acordam e decidem aumentar os preços, a seu belo prazer, porque, eles se acham os donos do país”, lamentou o activista estudantil.

Na sua perspectiva, a elite Angolana, está a brincar com o fogo, porquanto, o que está em causa é o futuro da juventude.

“A sociedade Angolana, pode confiar na nossa força”, disse o responsável do MEA, enfatizando mais adiante que os oportunistas estão no campo para mais uma vez, criarem dificuldades aos estudantes pobres. “Não vamos deixar”, vincou.

De realçar que a Associação Nacional do Ensino Privado (ANEP) propôs na quinta-feira, passada, ao Executivo angolano, um ajuste de até 10% nas propinas das instituições pré-escolar, primário e secundário, e de 20% nas universidades do país. 

O último ajuste do preço das propinas no ensino público-privado e privado ocorreu em Setembro de 2021, até 15%, nas instituições pré-escolar, primário e secundário, e na ordem de 25% nas universidades.

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