Não foi Adidas, Umer, Puma, muito menos a Tommy, mas “Egozaru” – a marca escolhida pela gestão da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), presidida por Moniz Silva, para vestir as seleções nacionais, depois de muito tempo tempo vinculada a “Nike”.
A poucos dias do arranque do Campeonato do Mundo, informações apuradas pela nossa redação dão conta que a nova marca escolhida pela Federação Angolana de Basquetebol tem gerado controvérsias até mesmo no seio da selecção nacional principal, que se encontra em estágio competitivo na Jordânia.

Os atletas Bruno Fernando e Silvio de Sousa, por exemplo, que recentemente integraram os trabalhos do combinado nacional às ordens de Josep Claros, têm tapado a zona estampada com o logotipo da referida marca no uniforme, como visto no desafio contra a congénere do México na ronda inaugural da KING’S CUP.
Segundo apurou a Angosport Magazine, os dois atletas recusam-se em representar a referida logomarca, representada por um “macaco”, animal muito citado em atitudes e insultos racistas, considerando a utilidade da mesma como o regredir na luta contra a discriminação racial.
A repercussão em torno da representação da marca num evento de tamanha dimensão como o Mundial FIBA e o risco de represália são também, factores que terão pesado na decisão dos dois jogadores, com realce para Bruno Fernando, que milita na NBA, segundo opiniões de alguns analistas.
A escolha da marca japonesa tem levantado inúmeros descontentamentos por parte da crítica desportiva angolana, tendo merecido, inclusive, destaque do site “Angola Players” (basket midia) que aponta a decisão como reprodução do racismo, além de chamar atenção da ausência de prestigio internacional da marca, tendo em vista a competição, que é a maior montra do basquetebol mundial para as nações.

Soube ainda a Angosport Magazine de fontes ligadas à FAB que os atletas igualmente expuseram a situação e aguardam por uma posição por parte do órgão reitor da modalidade no país.
Egozaru, no português “Ego macaco”, é uma marca de origem japonesa inspirada visualmente na estrada até o Homo Sapiens do antropólogo norte Americano Francis Howell e é essencialmente consumida no Japão, sendo Angola a primeira selecção de basquetebol nacional a fazer o uso numa competição internacional.