Isabel dos Santos escapa a três tentativas de detenção e extradição da PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola tentou, pela terceira vez, prender Isabel dos Santos e proceder à sua extradição para Angola. A empresária, que vive nos Emirados Árabes Unidos, está na mira das autoridades angolanas, garantiu esta terça-feira o ‘Jornal de Negócios’, que indicou que a última tentativa decorreu no passado dia 14.

Segundo o jornal diário, Hélder Pitta Gróz, PGR angolano, deslocou-se ao Dubai para tentar deter a empresária e filha do antigo presidente de Angola: o propósito seria convencer as autoridades do país a prender Isabel dos Santos. Foi acompanhado pelo general José Tavares Ferreira, provavelmente a figura com mais influência junto de João Lourenço, sendo que a prisão de Isabel dos Santos é considerada como o “melhor presente do ano” para o presidente angolano.

A presença de Pitta Gróz, por duas vezes no espaço de um mês, nos Emirados sublinhou a urgência na detenção de Isabel dos Santos – com as dificuldades sentidas a nível económico em Angola, a prisão da empresária seria um trunfo político importante para o presidente João Lourenço.

A primeira tentativa aconteceu em Junho de 2022, nos Países Baixos, embora ainda não tivesse sido emitido pela Interpol o alerta vermelho, que constitui “pedido às forças policiais de todo o mundo para localizarem e deterem preventivamente uma pessoa pendente de extradição, entrega ou acções legais semelhante” – foi enviado em Novembro do ano passado, embora não seja de cumprimento obrigatório.

Por último, em Junho de 2023, houve nova tentavia: Hélder Pitta Gróz, PGR angolano, deslocou-se ao Dubai, acompanhado por dois procuradores, para proceder à detenção de Isabel dos Santos: era expectável a colaboração das autoridades dos Emirados Árabes Unidos, mas tal não se confirmou: o PGR foi mesmo travado pelas forças policiais do país.

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