O Ministério do Interior (MININT) terá proposto aos seus efectivos uma recompensa caso encontrem e prendam o activista Nelson Adelino Dembo, mais conhecido por Gangata, dado como foragido da justiça angolana depois das autoridades terem emitido um mandado de captura contra si por alegada desobediência, supostamente por não ter comparecido para assinar o Termo de Identidade e Residência, medida cautelar aplicada pelo Ministério Público por criticar o Executivo, particularmente o Presidente da República, João Lourenço.
Segundo uma fonte citada pelo jornal O Crime, o ‘prémio’ passa pela promoção de patente, cargo e aumento salarial, além de mais um valor em dinheiro, cujo montante não foi especificado.

A fonte diz que a detenção daquele activista está a ser levada muito a sério, tendo feito, inclusive, muitos efectivos deixarem de tratar vários processos de investigação para se dedicarem a 100 por cento ao ‘caso Gangsta’.
De acordo com a fonte próxima ao Ministério do Interior, as autoridades do país têm em posse informações que dão conta da presença do activista ainda em território nacional. Por essa razão, criou-se uma campanha de incentivo que visa premiar ou recompensar o efectivo que conseguir deter o activista Gangsta o mais rápido possível, uma vez que este caso se tornou numa espécie de desafio para o ministério dirigido por Eugénio Laborinho.

Em entrevista à Voz da América, no final do mês de Junho, Gangsta afirmou estar trancado numa zona onde vai continuar a ‘guerra cívica’ contra o Executivo angolano.
Este caso é um verdadeiro teste à capacidade dos órgãos de investigação e segurança do país para descobrir o paradeiro de um cidadão que diz estar algures no território nacional, mas que se tornou invisível e difícil de localizar.
Fonte: Jornal O Crime