Lesada pede justiça: Polícia solta marginais de acusados de furto no Cazenga

Os agentes da Polícia Nacional, no município do Cazenga, estão a ser acusados de terem solto os marginais que terão efectuado, um furto na residência de Ana Mazola António, uma cidadã que sofre de albinismo, no passado dia 7 de Janeiro do corrente ano no distrito urbno do Hoji-ya-Henda.

Por: Mário Zua

Na madrugada de 7 de Janeiro Dona Ana viu a sua residência a ser assaltada enquanto dormia com os seus filhos.

Os assaltantes arrombaram a janela da sala que dá acesso a cozinha com uma chave de fenda que se encontrava no quarto de banho do quintal e levaram um televisor plasma de 32 polegadas comprada recentemente, uma botija de gás da Sonangol, dois telefones, uma pasta com 23 mil kwanzas e os seus panos da igreja.

Em entrevista ao ECOS DO HENDA, contou que o principal suspeito detido e solto por causas desconhecidas é o filho da dona da própria casa onde vivia.

“O rapaz, vulgo Bad Suco, se encontrava foragido depois do assalto e apenas regressou à casa no fim da tarde, depois dos agentes do SIC terem feito a vistoria no bairro e na minha casa”, explicou.

Em função da insegurança que o bairro tem, Dona Ana foi obrigada a mudar de residência e, após duas semanas, recebeu uma denúncia do irmão mais novo de Bad Suco, identificado apenas por Arsénio, que o autor do furto na sua residência é o próprio irmão.

Dona Ana está a deduzir que está a ser menosprezada por ser albina e que os familiares dos meliantes pagaram aos polícias para serem soltos. (DR)

“Foi graças a uma conversa entre o Bad Suco e os seus amigos onde os mesmos afirmaram serem os donos do bairro e terem assaltado a minha casa”.

Neste sentido, Dona Ana ligou para os seus irmãos e foram a procura dos meliantes. Desta acção resultou, com a ajuda da Polícia, na detenção de alguns implicados no furto, mas para seu espanto, uma semana depois os jovens foram soltos mesmo com as provas materiais de serem os autores do assalto.

“Quando me apercebi que os jovens foram soltos fui ao Comando de divisão de polícia do IFA saber os motivos que levaram a soltura dos implicados e fui informada pelo inspector Bartolomeu que o subinspetor Gil, que tratava do meu caso, também foi detido por causas desconhecidas e que sem ele não podem resolver o meu caso”, referiu, tendo garantido que foi igualmente informada que aquele órgão da Polícia Nacional não vai voltar a efectuar busca e captura dos marginais sob ppretexto dos miliantes não terem condições de pagar os bens furtados. Por este facto, foi aconselhada pelo mesmo e quando a mesma foi a unidade a procurar um advogado ou fazer um novo processo para dar sequência ao caso.

Inconformada, a cidadã não viu outra alternativa senão dirigir-se a PGR, junto daquela esquadra policial onde teve uma discussão com o investigador e o Inspector Bartolomeu onde os mesmos se acusavam mutuamente pelo mau serviço público prestado a cidadã.

Entretanto, embora o caso esteja nas mãos da justiça, até agora Dona Ana não tem uma resposta satisfatória sobre a resolução do seu caso. Esta situação, está a levar essa mãe, cujos filhos deixaram de assistir televisão, a deduzir que está a ser menosprezada por ser albina e que os familiares dos meliantes pagaram aos polícias para serem soltos.

Com lágrimas nos olhos, Dona Ana implora por justiça todos os dias por estar a ser alvo de injustiça.

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