O Comando provincial da Polícia Nacional (PN) no Huambo confirmou a morte de, pelo menos, cinco manifestantes durante os confrontos entre taxistas e agentes policiais. Nos protestos que começaram nas primeiras horas desta segunda-feira, 05 de Junho, em vários pontos da cidade do Planalto Central, contra o aumento do preço do litro da gasolina de 160 para 300 kwanzas foram igualmente feridas oito pessoas e detidas 34.
Em nota enviada ao ECOS DO HENDA, a Polícia Nacional informa que os tumultos, que juntaram taxistas e moto-taxistas, nos municípios do Huambo e Caála, começaram perto das 7h00 desta segunda-feira, com os manifestantes a montarem barricadas e a queimarem pneus nas principais vias de acesso, concretamente, nas principais paragens de táxis dos bairros São Pedro, Benfica, Kavongue, São João, Cambiote, bem como, na rotunda de acesso à Centralidade Fernando Faustino Muteka.
Segundo o comunicado de imprensa da Polícia Nacional, vários taxistas que não aderiram aos “protestos violentos” foram agredidos com pedras e impedidos de trabalhar e os passageiros retirados à força dos veículos.
Por outro lado, a PN dá conta que foram vandalizados autocarros, ambulâncias, gabinetes provinciais do Urbanismo e Ambiente e há ainda a registar danos em património público e privado na cidade do Huambo, incluindo no município da Caála, com realce a cinco comités de acção do partido MPLA.
Entretanto, segundo o Decreto Presidencial, a retirada gradual de subsídios à gasolina, que passou de 160 kwanzas para 300 kwanzas/litro, mantém a subvenção ao sector agrícola e à pesca. Mantêm-se igualmente inalterados, até ao final deste ano, os subsídios dos restantes produtos, como o gasóleo, o gás de cozinha e o petróleo iluminante.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, as tarifas dos taxistas e moto-taxistas vão continuar a ser subvencionadas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas o litro da gasolina, cobrindo o Estado a diferença, situação que não deve afectar directamente os taxistas, moto-taxistas, autocarros e embarcações de pesca artesanal, pois o Governo vai atribuir um cartão com um plafond diário de 7.000 kwanzas cada.
De acordo com o Secretário de Estado para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, os taxistas e moto-taxistas que estão agora a abastecer a 300 kz vão recuperar o valor, em saldo, correspondente aos dias em que pagaram o combustível sem a subvenção do Estado.
