Os 13 mercenários – nove britânicos, três americanos e um irlandês – foram capturados pelas forças do MPLA em meados de Fevereiro de 1976. Em 26 de Maio, foram indiciados pelo Tribunal Revolucionário Popular de Luanda. O julgamento durou de 11 a 16 de Junho e foi conduzido por cinco juízes. O juiz presidente foi Ernesto Teixeira da Silva, Procurador-Geral de Angola. Os outros juízes foram o ex-Director da Televisão Angolana, dois oficiais militares e um membro do Conselho Nacional das Mulheres em Angola.
Assista ao Julgamento dos mercenários nos links abaixo:
As seguintes sentenças foram proferidas em 28 de Junho de 1976:
Execução por pelotão de fuzilamento:
Costas Georgiou (também conhecido por “coronel Tony Callan”), 25 anos (Chipre / Reino Unido)
Andrew Gordon McKenzie, 25 anos (Reino Unido)
Derek John Barker, 35 anos (Reino Unido)
Daniel Francis Gearhart, 34 anos (EUA)
30 anos de prisão:
Michael Douglas Wiseman (Reino Unido)
Kevin John Marchant (Reino Unido)
Gustavo Marcelo Grillo, 27 anos (Argentina / EUA)
24 anos de prisão:
John Lawlor (Reino Unido)
Colin Evans (Reino Unido)
Cecil Martin “Satch” Fortuin (África do Sul / Reino Unido)
Assista ao Julgamento dos mercenários nos links abaixo:
16 anos de prisão:
John Nammock (Irlanda)
Gary Martin Acker, 21 anos (Estados Unidos)
Malcolm McIntyre (Reino Unido)
Alguns dos veredictos eram esperados, especialmente em relação a Callan; um dos seus colegas mercenários descreveu-o como “um maníaco homicida, que matava negros apenas por diversão”. No entanto, Gearhart chegou a Angola poucos dias antes de ser capturado; os advogados de defesa forneceram provas de que ele nunca havia disparado e, provavelmente, nem participara em combates. Acker, um ex-fuzileiro naval, havia sido baleado na perna e feito prisioneiro no seu primeiro combate cinco dias depois de chegar ao país.
O primeiro-ministro britânico, James Callaghan, terá solicitado ao presidente angolano, Agostinho Neto, que mostrasse misericórdia aos homens. No entanto, os quatro condenados à pena capital foram executados pela polícia militar do MPLA em 10 de Julho de 1976.
Rescaldo: Os dois americanos restantes, *Grillo e Acker, foram libertados em novembro de 1982 numa troca de prisioneiros realizada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Os prisioneiros britânicos e irlandeses foram libertados em 1984 após negociações do Ministério das Relações Exteriores britânico.
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OS 13 MERCENÁRIOS PRESOS NO NORTE DE ANGOLA: Fevereiro 1976
Há 47 anos exactos, 13 mercenários – 9 britânicos, 3 americanos e um irlandês – foram capturados pelas FAPLA /exército cubano no Norte de Angola. Estavam ao serviço do ELNA, braço armado da FNLA. Em 26 Maio, foram indiciados pelo Tribunal Popular Revolucionário de Luanda. O julgamento foi de 11 a 16 de Junho conduzido por 5 juízes, entre eles uma dirigente da OMA. Angola foi o primeiro país do mundo a julgar mercenários. As sentenças foram lidas em 28 de Junho de 1976.
Execução por pelotão de fuzilamento: Costas Georgiou (também conhecido por “coronel Tony Callan”), 25 anos (Chipre/Reino Unido) Andrew Gordon McKenzie, 25 anos (Reino Unido) Derek John Barker, 35 anos (Reino Unido) Daniel Francis Gearhart, 34 anos (EUA)
Os 4 condenados à morte foram executados em 10 Julho de 1976.
Assista ao Julgamento dos mercenários nos links abaixo: