O futuro ex-presidente do Tribunal Supremo (TS), Joel Leonardo, é um criminoso muito poderoso e, por isso mesmo, intocável.
A adjectivação não é minha. Ela radica nas evidências que têm sido fartamente publicadas e nos abusos ampla e publicamente denunciados.
Consta que Joel Leonardo conta com os apoios políticos e institucionais da Presidência da República e do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE).
Mas esses apoios não o livraram da acachapante derrota (a primeira de muitas que se avizinham, presumo) que acaba de lhe ser infligida por pares seus, no Tribunal Supremo, que decidiram colocar um ponto final à perseguição que Joel Leonardo desencadeou, por via de ilegalidades, contra o seu colega Agostinho Santos, Venerando Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo.
Se antes já não tinha condições de se manter à testa do Tribunal Supremo, agora tem cada vez menos.
O Tribunal Supremo, agora, vai ser pequeno para Joel Leonardo e Agostinho Santos coabitarem.
O primeiro é mafioso e faz o papel de fiel pajem da Presidência da República, com todo o prejuízo daí decorrente para independência do Poder Judicial.
Já o segundo, é alérgico à conduta criminosa do seu colega e é homem que acredita religiosamente e se bate não-somente pela Lei mas, sobretudo, pela Justiça.
Os membros do Conselho Superior da Magistratura Judicial deveriam sinalizar que nem a Presidência da República e muito menos o SINSE manda no Poder Judicial e através de um processo disciplinar decidir a expulsão de Joel Leonardo da magistratura judicial: ele é o coveiro jurado do enterro da Justiça angolana!