O Tribunal Constitucional não tinha, até ao fecho da semana finda, nenhum documento que atestasse a legalização do projecto político PRA-JA Servir Angola, de Abel Chivukuvuku.
Para sustentar a sua tese, uma fonte de OPAÍS afirma que não há possibilidade de um processo que já tenha sido chumbado voltar a entrar na agenda deste órgão de soberania para reapreciação. Razão pela qual, acredita que a informação que se está a passar de que os juízes da corte deste tribunal estão em vias de aprovar o projecto não passa de uma manobra para pressionar a sociedade e todos os interessados neste processo.
A informação surge em resposta as declarações proferidas pelo coordenador do PRA-JA, Abel Epalanga Chivukuvuku, que manifestou, recentemente, em Malanje, que acredita que o mesmo se tornará partido político ainda este ano.
“Nós determinamos como agenda para este ano de 2023, a legalização do PRA-JA Servir Angola”, frisou.
O político explicou, em declarações à Voz da América, que para o efeito, existem muitos caminhos de fórum judicial que deverão trilhar e entre Setembro ou Outubro terão esse plano concretizado. Por outro lado, Abel Chivukuvuku descartou qualquer possibilidade de voltar a fazer parte da UNITA, partido em que militou grande parte da sua vida.
Segundo contou, a sua posição se deve ao facto de não considerar a existência de qualquer hipótese de o PRA-JA não ser legalizado. “Porque os órgãos judiciais têm que respeitar os trâmites e as normas. Felizmente, agora estamos todos a assistir, a um descredito total do sistema judicial”, justificou, acrescentando ainda que “o Tribunal de Contas, o Tribunal Constitucional e o Tribunal Supremo estão todos em baixo”.
De recordar que Abel Chivukuvuku regressou à cena política depois de ter sido destituído da Coligação CASA-CE, fundada por si em 2012, na sequência da fusão entre o seu projecto PRA-JÁ Servir Angola, o Bloco Democrático e a UNITA, constituindo a Frente Patriótica Unida (FPU).