O Presidente da República reconduziu no cargo de Procurador-Geral da República (PGR), Hélder Fernando Pitta Gróz, depois de avaliar os três nomes que lhe foram indicados pelo Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público (CSMMP).
A decisão anunciada na página oficial da Presidência da República, esta terça-feira, 25, um dia depois da votação do plenário do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público.
Para vice-Procuradora Geral da República, o Presidente João Lourenço indicou Inocência Maria Gonçalo Pinto em substituição de Mota Liz.
Pitta Gróz ficou em segundo lugar na votação
Na votação realizada na segunda-feira, 24, pelo CSMMP, Pitta Gróz tinha ficado em 2º lugar, com 10 votos, e a agora vice-PGR, Inocência Maria Pinto, foi entre os nove concorrentes, depois da desistência de um, o mais votado, com 11 votos.
Hélder Pitta Gróz e Mota Liz obtiveram apenas 10 votos cada.
Apesar de haver um nome mais votado, o de Inocência Maria Pinto, a escolha do Presidente João Lourenço recaiu para a continuidade de Hélder Pitta Gróz.
Cargos de confiança do PR
Segundo o presidente da comissão eleitoral, tanto o Procurador-Geral da República como o vice-Procurador são cargos de confiança política do PR.
“A nomeação do Procurador-Geral da República e do vice-Procurador-Geral da República depende do Presidente da República e são cargos da sua confiança política. O Presidente da República não é obrigado a nomear o nome mais votado, vai apenas escolher entre os três, dois nomes: um para o cargo de Procurador-Geral da República e outro para o cargo de vice-Procurador”, disse o presidente da comissão eleitoral.
Esta eleição foi imposta por ter chegado ao fim o mandato de Pitta Gróz, que ficou claramente ligado à aposta do Presidente João Lourenço no combate sem tréguas à corrupção, sendo, por isso mesmo, também nome presente sempre que esse combate ao flagelo da corrupção era criticado, especialmente pela oposição, além dos visados, que a apontaram como sendo parcial e dirigida.