Quem acompanha sabe que, há anos, tenho me batido persistentemente pela mobilidade e acessibilidade autónoma e segura das Pessoas Com Deficiência.
Esse meu activismo decorre da consciência do nosso direito de ir e vir, e que a mobilidade, é um direito sem o qual os outros direitos ficam condicionados.
Quando se trata de uma pessoa com deficiência motora, uma cadeira de rodas adequada faz toda diferença, pois tanto facilita a mobilidade, quanto melhora a sua qualidade de vida.
É por isso que, não passou despercebido, pelo menos para mim, o gesto do Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, que fez a entrega de dez(10) cadeiras de rodas ao mesmo número de utilizadores, os quais poderão realizar acções, no quotidiano, com menos limitações.
A distribuição dos meios de compensação(cadeiras de rodas, próteses auditivas,canadianas, bengalas, órteses e outros), é uma obrigação do Estado, pelo que, enquanto não existir uma instituição pública, que se ocupe exclusivamente da inclusão das pessoas com deficiência, como recomendou o Comité da ONU dos Direitos Das Pessoas Com Deficiência, todos os outros departamentos ministeriais, instituições e/ou empresas públicas, até mesmo no âmbito da responsabilidade social, deviam seguir o exemplo do MININT, a quem dou nota positiva.
Porém recomendo que, tenham atenção à qualidade das cadeiras, pois algumas, a que denominamos “banheiras de rodas”, têm o potencial de causar lesões e outras deficiências, sendo ergonomicamente inadequadas.
UMA CADEIRA DE RODAS, MULETA, PRÓTESE OU BENGALA, PODE MUDAR A VIDA DE QUEM DELA PRECISA.
*Activista e defensor dos direitos humanos das pessoas com deficiência