O ex-político indiano Atiq Ahmed, de 60 anos, e o seu irmão, Ashraf, foram mortos a tiros ao vivo na televisão indiana na noite de ontem.
O que aconteceu?
Atiq conversava com repórteres quando alguém apontou uma arma para a cabeça dele e atirou. O caso aconteceu em Prayagraj, no norte da Índia.
Ele era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava a ser levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.
Três pessoas foram presas, informou o agente de polícia Prashant Kumar, sem informar o nome dos supostos atiradores. “Eles foram detidos e estão sendo interrogados”, disse.
Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, minoria étnica na Índia a qual pertenciam os irmãos. A polícia ainda não confirmou se o caso foi motivado por intolerância religiosa.
Um polícia e um repórter sofreram ferimentos leves, de acordo com o jornal indiano The Hindu. Eles caíram em meio ao tumulto após os disparos.
Para evitar protestos após a cena chocante, o governo proibiu reuniões com mais de quatro pessoas no estado.
Quem é Atiq Ahmed?
Ahmed foi membro do Parlamento indiano entre 2004 e 2009.
Ele enfrentava mais de 100 acusações criminais e estava preso desde 2019. Apesar disso, ele concorreu em eleições da cadeia mais de uma vez.
Filho de Ahmed foi morto nesta semana pela força-tarefa especial do estado de Uttar Pradesh. Asad Ahmed era procurado pelo assassinato de um advogado.
Antes de ser morto, Ahmed explicava a jornalistas a razão de não ter ido ao enterro do filho. “Não me levaram, então não pude ir”, afirmou.