A Assembleia Nacional autorizou, esta sexta-feira, o envio à República Democrática do Congo (RDC) pelo Chefe de Estado, João Lourenço, de um contingente militar, no âmbito da Força de Manutenção da Paz das Forças Armadas Angolas (FAA).
O Projecto de Resolução sobre o envio do contingente militar angolano à RDC foi aprovado por unanimidade, algo quase raro a acontecer na Assembleia Nacional, com 180 votos a favor, nenhuma abstenção e nenhum voto contra.
Presidente João Lourenço comprometido com estabilidade de África
Entretanto, para o cidadão Nayuca Pedro, o envio deste contingente militar das Forças Armadas Angolanas (FAA) para a missão de paz no leste da RDC demonstra, de forma inequívoca, o compromisso do Presidente João Lourenço com a estabilidade do continente africano, uma atitude que o posiciona como um grande líder africano, considerado actualmente, como um dos estadistas mais activo na geopolítica do continente.
“Essa é uma posição que nos orgulha a todos, e a votação da decisão por unanimidade na Assembleia Nacional, mui digna e competentemente apresentada, fundamentada de modo inequívoco, pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, deixa claro que foi uma decisão que conta com o apoio de todos os angolanos”, elucida.
Por este facto, ressalta, o histórico e a brutal violência que se regista no leste da República Democrática do Congo deve ser respondida com acções práticas e enérgicas.
“São mais 10 milhões de pessoas afectadas e um registo assustador de violações dos direitos humanos, particularmente contra crianças e mulheres, com implicações humanitárias para a região mais ampla dos Grandes Lagos. Por este facto, apoiamos os esforços regionais destinados a conter o ressurgimento dos ataques das milícias do M23”, garante.
Todavia, tanto as Nações Unidas quanto outras organizações internacionais acusam o grupo rebelde M23 de ser um grupo terrorista que constitui uma séria ameaça à estabilidade e segurança da região.
Neste quesito, Nayuca Pedro, aponta como justificada a decisão do Presidente João Lourenço em mudar o actual quadro de violência que dura há décadas na região do Kivu Norte, na República Democrática do Congo.
De referir que, Angola também tem um contingente militar na missão de Paz da SADC que actua em Moçambique com vista a travar o avanço dos insurgentes do Al Shabaab na província de Cabo Delgado, o epicentro da insurgência naquele país do Índico.