Segundo as informações divulgadas esta semana pela empresa chinesa “Al Mega”, a dívida contraída pela coligação eleitoral foi fruto da aquisição de material de propaganda eleitoral da CASA-CE nas últimas eleições-gerais, com base na confiança verbal nos dirigentes daquela coligação, garantindo que tem todos os comprovativos de entrega do material.
Li Wu, proprietária da empresa, disse, em conferência de imprensa, esta quinta-feira, 16, que nas eleições gerais de 2022 a sua empresa foi contratada pela CASA-CE para produzir todo o material e equipamentos de propaganda eleitoral.
“A dívida da CASA-CE é de mais de 200 milhões de kwanzas. Quando vieram ter connosco, pedir por favor, falaram que iam pagar quando recebessem o dinheiro da campanha eleitoral. Agora, depois do trabalho feito, receberam o dinheiro do Ministério das Finanças, mas não querem pagar a nossa dívida”, lamentou a empresária chinesa, garantindo que estão bastante entristecidos com a postura dos dirigentes daquela coligação de partidos políticos, tendo mais adiante, referido que os estrangeiros, quando vêm para Angola, é para trabalhar e não para serem roubados.
CASA-CE lava as mãos e diz tratar-se de oferta e não dívida
Ouvido à respeito, o vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, disse ser falsa a informação passada à imprensa pela empresária chinesa, tendo vincado a posição, segundo a qual, a coligação não pretende, nem vai pagar qualquer dívida por não ter formalizado nenhum contrato ou acordo com a empresa “AL MEGA”.
“A CASA-CE desconhece essa dívida. A empresa alega ter trazido materiais para a campanha eleitoral da coligação. No entanto, após vasculharmos todos os nossos documentos, não vimos nada que conste sobre essa suposta dívida. Infelizmente não reconhecemos esse trabalho. Trata-se de uma oferta que esta empresa estava a fazer e, sabemos que não foi apenas a CASA-CE que ela ofereceu material de propaganda, mas a outros partidos políticos”, explicou, sublinhando que a a coligação está serena e poderá provar isso em tribunal, caso seja necessário.
“O nosso Estado não fecha as portas a estrangeiros. Estamos dispostos a ir ao tribunal e ela que mostre legitimidade”, respondeu, assegurando que a empresa chinesa foi oportunista.