Marcha por melhores condições laborais: Funcionários da Justiça “impedidos” de continuar marcha pacífica ameaçam comprometer abertura do ano judicial

Dezenas de funcionários da justiça saíram à rua no último sábado em Luanda para marchar pela melhoria das condições laborais, promoção na carreira, um novo estatuto remuneratório e lamentar o “silêncio” da entidade empregadora.

A marcha que teve o seu início defronte às instalações do Tribunal da Comarca de Luanda, Palácio Dona Ana Joaquina e que congregou oficiais afectos aos tribunais de primeira e segunda instância, ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e técnicos de justiça da Procuradoria-Geral da República, tinha como primeiro objectivo chegar a casa das leis, a Assembleia Nacional, mas acabou por não cumprir o itinerário traçado pelos promotores, por ter sido impedida pela Polícia Nacional na Rua do 1.º Congresso.

Um extenso cordão policial que ocupou as duas faixas de rodagem impediu que os manifestantes continuassem a marcha com sob o pretexto de que os manifestantes “estavam a entrar na área de segurança presidencial”.

Todavia, os jovens que deram pouca importância a atitude da Polícia Nacional optaram por fazer ouvir a sua voz aonde lhes foi permitido chegar, na antiga instalações da Assembleia Nacional, a cerca de 100 metros do Palácio da Justiça.

Os profissionais, dizem que tem havido injustiça na justiça e que, por essa razão, poderão agir de forma contundente ao condicionar a abertura do ano judicial que está marcada para o mês de Março.

Segundo o responsável da polícia no local, os manifestantes que pretendiam chegar até ao Palácio da Justiça e à Assembleia Nacional, instituições localizadas na Cidade Alta, onde também é a sede do Palácio Presidencial, não foram permitidos por se tratar de um perímetro presidencial.

Os profissionais empunhando cartazes com dizeres como “respeitem a classe dos oficiais de justiça”, “diligências não se faz com salário próprio” e “pretendemos a revisão do estatuto remuneratório” os oficiais de justiça continuaram os protestos defronte ao Tribunal da Comarca de Luanda.

Apesar das constantes reivindicações, a entidade patronal ainda não se pronunciou sobre os problemas levantados por esses profissionais.

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