Após a primeira Copa do Mundo em países árabes, o Qatar segue investindo pesado no futebol. Nesta sexta-feira, o xeque Jassim bin Hamad Al Thani confirmou que apresentou uma proposta de compra de 100% das ações do Manchester United. O clube inglês foi posto à venda pelos atuais proprietários, a família Glazer, com prazo para propostas se encerrando nesta sexta-feira.
Al Thani é filho de Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, ex-primeiro ministro do Catar (2007 a 2013). Ambos têm ligações de parentesco com a família real catari. Atualmente, ele preside o banco QIB. Anteriormente, foi diretor do banco de investimentos suíço Credit Suisse.
Em comunicado, Al Thani se declarou torcedor do United e informou que pretende limpar as dívidas do clube por meio de sua fundação, a Nine Two. Entre outras intenções, o xeque promete investimentos nos elencos, no centro de treinamentos de Carrington, em Old Trafford e em demais infraestruturas do clube, hoje consideradas ultrapassadas no cenário do futebol europeu. Além disso, pretende evoluir a “experiência dos fãs e das comunidades de torcedores”.
“Os planos são trazer o clube de volta às glórias dentro e fora de campo. Acima de tudo, fazer dos torcedores o coração do Manchester United novamente […] A visão é a de que o Manchester United seja reconhecido por sua excelência no futebol e se torne o maior clube do mundo”, dizem trechos do comunicado.
Seria o segundo grande investimento qatari em um clube protagonista do futebol no continente. O PSG é presidido pelo qatari Nasser Al-Khelaifi, representante da Qatar Sports Investment, organização ligada ao governo qatari, mas sem relação com a proposta do United.
Al Thani não revelou os valores envolvidos em sua oferta, mas os Glazers cogitam uma venda na casa dos 6 bilhões de libras (cerca de 37 bilhões de reais). Segundo a BBC, ele enfrenta a concorrência do bilionário Sir Jim Ratcliffe e de outras duas propostas dos Estados Unidos.