Nicola Sturgeon disse, esta quarta-feira, que vai renunciar ao cargo de primeira-ministra da Escócia após oito anos.
Sturgeon anunciou em conferência de imprensa em Edimburgo que permanecerá como líder do governo da Escócia até que seja encontrado quem a substitua, depois disso, manter-se-á no parlamento de Holyrood como deputada.
“Esta decisão vem de uma avaliação mais profunda e de longo prazo”, disse a ainda primeira-ministra escocesa, acrescentando que ponderou sobre a decisão durante semanas.
“Dar absolutamente tudo de nós para este trabalho, é a única maneira de o fazer”, disse Sturgeon, e prosseguiu, “e se é verdade que pode ser feito pela mesma pessoa por muito tempo, por mim, sinto que esse tempo corre agora o risco de se tornar demasiado longo”.
A decisão da primeira-ministra da Escócia e líder do Partido Nacional Escocês (SNP) apanhou quase todos de surpresa.
Nicola Sturgeon, de 52 anos, foi a primeira mulher a liderar um governo na Escócia e detém o recorde da first minister que ocupou o cargo durante mais tempo (mais de oito anos). Para além disso, é uma das dirigentes políticas eleitoralmente mais bem-sucedidas da história do território situado a Norte da Grã-Bretanha, tendo sido um dos principais rostos do movimento independentista durante a última década.
“Sei que algumas pessoas, por todo o país, vão ficar chateadas com esta decisão e com o facto de a estar a tomar agora. E, claro, para contrabalançar, haverá outros que como é que posso dizer isto? Que lidarão bastante bem com esta notícia, tal é a beleza da democracia”, disse Sturgeon.