Nunca os serviços da ordem e segurança foram tão expostos/vulgarizados/ desacreditados como nos últimos dias.
Foi graças aos áudios de uma jovem senhora divulgado nas redes socias, que ficamos a saber um pouco sobre a pseudo-relação entre elementos dos serviços de investigação e o mundo do crime organizado. Na verdade, tem sido um princípio de ano desastroso para a imagem do MININT, DNIC e outros.
Primeiro, o desaparecimento de um navio alegadamente carregado de drogas. Segundo, a denúncia de perseguição de um jovem casal por elementos apadrinhados pelo SIC. E aqui tenho mesmo de sublinhar, é impressionante como uma senhora/jovem (mulher do Man Genas), tem a petulância de desafiar o Comandante em Chefe, assegurando que domina melhor informações sobre a rede de traficantes em Angola do que o próprio Chefe de Estado. Terceiro, a nomeação do Director Geral Adjunto do SIC em volta à polêmicas. É para completar a ementa, questiono como é possível que, o blogueiro consegue vender a imagem de uma Instituição construindo uma narrativa como sendo verdadeira sem uma resposta idônea do Estado? Sendo franco, nem nos piores cenários era possível tal atrevimento ao tempo de JES, KOPELIPA, e sus muchachos. As principais instituições do Estado estão tão banalizadas que de repente vem à cabeça aquela célebre afirmação: No tempo do Zé Du você iria fazer essas brincadeiras, esses lives?
Pois é, parece que a indagação/exclamação do falecido Nagrelha era mais do que profética.
Gostava de deixar claro, no entanto, que não alinho nem fomento julgamento público do senhor Receado, também não assino de cruz as declarações de quem o acusa, contudo, a gestão da coisa pública está longe de ser um assunto exclusivo de quem está no exercício governativo. É preciso ouvir o que dizem os “stakeholders “. É preciso um casamento com os beneficiários dos serviços públicos. De outro modo, é tudo bungle bang.