Fruto da aquisição de viaturas: CASA-CE tem dívidas orçadas em 3,9 milhões de dólares

A coligação CASA-CE, antiga terceira força política do país, que não alcançou os resultados suficientes nas últimas eleições gerais para se manter na arena política nacional está com dívidas milionárias fruto da aquisição de viaturas.

Por: Jeremias Kaboco

Segundo Alexandre Sebastião André, vice-presidente da CASA-CE, a coligação que se viu forçada a abandonar a sede, na baixa de Luanda, por incapacidade financeira, se encontra «numa maré» de dívidas que ultrapassam os 3,9 milhões de dólares, contraídas para a compra de viaturas e pagamentos de outros serviços.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) está a viver o pior momento da sua história desde as eleições gerais de 24 de Agosto de 2022, cujos resultados a retiraram da Assembleia Nacional e, consequentemente, o direito de beneficiar de uma subvenção do Estado.

Alexandre Sebastião André, vice-presidente da referida coligação, calcula que os passivos da organização estão orçados em quatro milhões de dólares, equivalentes a pouco mais de dois mil milhões de kwanzas, de acordo com o câmbio praticado na passada quarta-feira, 25, altura em que fechávamos a presente edição.

Dos quatro milhões de dólares, cinco por cento é ocupado com dívidas contraídas a concessionárias, por onde foram feitas aquisições de viaturas. Alexandre Sebastião André, que anuncia haver uma negociação entre a coligação e as concessionárias, no sentido de se alargar o prazo para o pagamento, refere que o passivo da referida organização política se vem acumulando desde o período em que Abel Chivukuvuku ainda liderava a coligação.

“O passivo é muito grande, orça aí em quatro milhões de dólares. São dívidas já herdadas desde o tempo de Abel [Chivukuvuku] e há outras que foram adicionando em função das dotações financeiras do OGE. No quadro da realização das últimas eleições, podemos afirmar que a dívida moral que temos é com os delegados de lista, resultante da inacção do Executivo”, explica o também jurista que integra a CASA-CE pelo Partido de Apoio para a Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP).

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