A jornalista e socióloga angolana Luzia Moniz apresentou em várias universidades moçambicanas o livro “Silenciocracia” e “Jornabófias”, duas mazelas de uma Angola actual que descreve na sua obra cujo lançamento foi enquadrado no âmbito da abertura do ano académico e no arranque de um novo doutoramento em jornalismo editorial.
Por: Manuel Matola*
A obra reúne crónicas publicadas no Novo Jornal de Angola, onde quinzenalmente Luzia Moniz discute os desafios da sociedade angolana.
A apresentação do livro, decorreu esta quarta-feira, e foi feita pela escritora moçambicana Paulina Chiziane, prémio Camões-2022, e pelo jornalista Tomás Vieira Mário, antigo colega de carteira de Luzia Moniz no curso técnico de jornalismo, em Moçambique, a segunda pátria da activista angolana que vive há décadas em Portugal.
A edição apresentada em Moçambique conta com prefácio (re)escrito pela antiga ministra da Justiça de Portugal, a luso-angolana Francisca Van Dunem, e pelo sociólogo angolano Manuel Dias dos Santos, ambos residentes em Lisboa.
Além da Universidade Pedagógica, em Maputo, uma das mais antigas instituições de ensino superior em Moçambique, o livro foi apresentado também na UniSave (localizada no sul do país) e, a seguir, na Unilicungo (zona centro).
As duas universidades públicas do pais resultam do desmembramento dos diferentes polos da Universidade Pedagógica na sequência da reforma efectuada no ensino superior moçambicano ocorrida no ano de 2019.
Em entrevista recente ao jornal É@GORA, a socióloga disse que, qualquer ideia de reconstrução do continente africano, deve contar sempre com o pleno apoio da sua diáspora.
O livro é por isso uma leitura feita pela diáspora à situação sociopolítica e económica angolana, uma forma de repensar África globalmente.
Luzia Moniz, que preside a Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana, PADEMA, considera ser difícil os estados em África melhorarem sem inclusão dos cidadãos africanos residentes no estrangeiro.
*Jornal É Agora