O futebolista brasileiro Dani Alves foi detido nesta sexta-feira, 20, em Barcelona como parte de uma investigação sobre uma alegada agressão sexual a uma mulher numa discoteca no final de Dezembro, que ele nega categoricamente.
“Veio esta manhã à esquadra de polícia em Les Corts”, disse um porta-voz dos Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, segundo à AFP. acrescentand que “foi detido e está a caminho” do tribunal, onde deverá ser ouvido por um juiz.
A 10 de Janeiro, um tribunal de Barcelona, anunciou ter “aberto uma investigação sobre uma suspeita de agressão sexual na sequência de uma queixa apresentada por uma mulher contra um jogador de futebol”.
A mulher apresentou uma queixa a 2 de Janeiro acusando o jogador de 39 anos de idade de a molestar numa discoteca de Barcelona, de acordo com a polícia regional catalã.
A imprensa local diz que os alegados actos tiveram lugar numa famosa discoteca na cidade na noite de 30 de Dezembro.
Jogador nega
Numa mensagem em vídeo enviada ao canal espanhol Antena 3 e transmitida a 5 de Janeiro, o jogador negou categoricamente os factos.
“Gostaria de o negar antes de mais nada. Eu estava lá, naquele lugar, a ter uma boa noite com outras pessoas, mas sem invadir o espaço dos outros”, disse ele.
“Não sei quem é esta jovem mulher, não a conheço”, acrescentou ele.
Carreira
O ex-jogador do Barcelona, Juventus e Paris Saint-Germain passou alguns dias de férias em Barcelona no final de Dezembro, após ter jogado pelo Brasil no Campeonato do Mundo no Qatar e antes de regressar ao seu actual clube Pumas de México.
No Qatar, o defensor tornou-se o brasileiro mais velho de sempre a jogar num Mundial.
Depois de fazer a sua estreia aos 18 anos com a primeira equipa do Esporte Clube Bahia no Brasil, Alves foi rapidamente avistado por clubes espanhóis.
Mudou-se para Sevilha em 2002 e seis anos mais tarde juntou-se ao clube que veria o seu maior sucesso: Barcelona, onde conquistou 23 títulos de 2008 a 2016, incluindo três Ligas dos Campeões, seis títulos La Liga e quatro Taças do Rei.
Deixou então o Camp Nou para Turim para jogar na Juventus, onde ficou apenas uma temporada, ganhando um Scudetto e uma Taça Italiana.
Alves mudou-se então para o PSG, onde se reuniu com o seu compatriota Neymar.
Ele regressou ao Brasil em 2019 antes de fazer um breve regresso de seis meses ao Barça, em que foi muito pouco utilizado.
Muito presente nas redes sociais, Alves criticou o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro em 2019 pelos seus comentários homofóbicos, misóginos e racistas, antes de finalmente lhe dar o seu apoio durante as eleições.