A recente apreensão de um navio angolano com três toneladas de cocaína, revela o quão vulnerável é Angola relativamente às máfias do tráfico de droga.
O navio angolano estava sob vigilância e foi interceptado no Atlântico, pelas autoridades espanholas, no âmbito de uma operação de combate ao tráfico de droga.
Segundo o jornal ‘Isto É Notícia’, o navio foi furtado em Angola quando estava sob custódia da Polícia Fiscal Aduaneira. O navio foi roubado em Angola e uns dias depois foi interceptado pela polícia espanhola, nas águas do Atlântico, com três toneladas de cocaína.
De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades espanholas, o navio angolano pretendia fazer chegar a droga à costa espanhola.
Esta apreensão de três toneladas de cocaína veio confirmar um dos nossos maiores receios: Angola tornou-se num ponto de tráfico de cocaína.
As máfias da América Latina perceberam rapidamente que Angola é o país ideal, para exportar a cocaína da América Latina pela via marítima, com destino à Europa.
Após uma avaliação meticulosa da realidade angolana, as máfias concluíram que Angola tem um posicionamento estratégico e é um país altamente susceptível para o tráfico, transporte e comercialização da cocaína.
A Máfia da América Latina escolheu Angola e chegou a esta conclusão, por duas simples razões:
1. Um débil sistema judicial e uma polícia e forças de segurança muito fracas no combate à criminalidade;
2. Altos níveis de corrupção na classe política angolana.
Uma operação desta dimensão, que movimentou três toneladas de cocaína, só é possível realizar com a cooperação da polícia e autoridades aduaneiras angolanas.
A inércia e até cumplicidade de certos sectores do governo, poderão converter Angola numa plataforma muito perigosa de tráfico de cocaína e financiamento do terrorismo.
*Por: Cláudio IN | Jornalista