Benin: Primeiras “eleições inclusivas” da era Talon já têm resultados provisórios

No Benin, os cidadãos elegeram, no domingo dia 8 de Janeiro, um novo Parlamento. Estas eleições assinalam o regresso da oposição ao governo do presidente Patrice Talon, depois de quatro anos de ausência. Entretanto, algumas figuras da oposição permanecem em prisão ou no exílio.

Os partidos da oposição foram autorizados a concorrer às eleições legislativas depois de quatro anos de ausência, desde 2019, quando as eleições legislativas tinham sido marcadas por violência, abstenção recorde e suspensão da internet. Na altura, apenas dois partidos tinham sido autorizados a concorrer às eleições, ambos pertencentes ao movimento presidencial, o que tinha dado lugar a um Parlamento inteiramente adquirido ao presidente Patrice Talon.

Desta vez, as legislativas foram vistas como um teste importante para o país, que chegou a ser apontado como um farol de democracia na Africa Ocidental, democracia essa que foi posteriormente corroída pelo governo de Patrice Talon, segundo os opositores.

Nestas primeiras “eleições inclusivas” da era de Patrice Talon, concorreram sete partidos, dos quais três reivindicam serem de oposição. O principal partido de oposição os Democratas alcançou 28 dos 109 assentos no Parlamento. Os partidos do movimento presidencial, o Bloco Republicano e a União Progressista para a Renovação obtiveram respectivamente 28 e 53 assentos.

Entretanto, as principais figuras da oposição permanecem no exílio ou em prisão, como é o caso do constitucionalista Joel Aïvo a da ex-procuradora-geral, Reckya Madougou, condenados a 10 e 20 anos de prisão respectivamente por “conspiração contra a autoridade” e “actos terroristas”.

Ao longo da campanha, pacífica, cerca de 6,6 milhões de eleitores foram apelados a designar os 109 deputados, incluindo pelo menos 24 mulheres – uma por circunscrição-, segundo o novo Código eleitoral.

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