O Presidente angolano, João Lourenço, que assegura também a presidência rotativa da CPLP, condenou está segunda-feira, 09, de forma “vigorosa e firme” os “atos antidemocráticos” por parte de apoiantes ‘bolsonaristas’ contra instituições que representam a democracia brasileira.
Presidente de Angola e da CPLP condena “actos antidemocráticos” no Brasil
“Na qualidade de Presidente ‘pro tempore’ da CPLP e na de Presidente da República de Angola expresso a mais vigorosa e firme condenação aos actos antidemocráticos que estão a ser praticados no Brasil, ao longo do dia de hoje, contra instituições que representam e simbolizam a Democracia brasileira”, escreveu João Lourenço, numa mensagem divulgada na página da Presidência de Angola na rede social Facebook.
O chefe de Estado Angolano manifestou a convicção de que irá exercer a sua autoridade e “repor sem demora a ordem democrática no país”.
“Consideramos estas manifestações lamentáveis e reveladoras de um elevado grau de intolerância não compatível com as regras do jogo democrático, em que os resultados legitimados pelo voto popular devem ser reconhecidos e aceites por todos”, escreveu João Lourenço.
O Presidente angolano e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) lembrou ainda que as eleições presidenciais de Outubro no Brasil “foram reconhecidas mundialmente como livres, justas e transparentes, não fazendo assim qualquer sentido as reivindicações actuais”.
O Presidente brasileiro decretou a intervenção federal em Brasília depois de centenas de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro terem invadido e vandalizado o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sedes dos poderes legislativo, executivo e judicial. QQ
Os manifestantes, que furaram as barreiras de proteção da polícia, pedem uma intervenção militar para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua tomada de posse.
A Polícia Militar conseguiu, entretanto, recuperar o controlo da sede do STF e o chefe de Estado brasileiro prometeu que todos os responsáveis pelas invasões serão punidos.